
90 jogos. Este foi o feito alcançado por Ricardo Oliveira na noite deste sábado (10), no duelo do Atlético contra o Fluminense, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Brigando com um jejum que durava 15 partidas - o último gol havia sido há quatro meses, na primeira rodada do Brasileirão -, o atacante e dono da camisa 9 do alvinegro entrou em campo com a tão falada e prometida tranquilidade para reverter a situação; e deu muito certo.
Antes de a bola rolar, o Pastor contabilizava 35 tentos anotados pelo clube que defende desde o início do ano passado; treze deles foram marcados só em 2019. Com as equipes já em campo, o experiente centroavante, de 38 anos, foi até o banco adversário, cumprimentou os atletas tricolores e prontamente se juntou ao grupo atleticano que aquecia enquanto não era dado o apito inicial.
Aos sete minutos da etapa inicial, Ricardo teve sua primeira grande chance. Após ótimo cruzamento de Yimmi Chará, ele cabeçou com perigo e a bola acertou a trave esquerda de Muriel, indo parar na linha de fundo.
Aos 18, após ganhar divida com o zagueiro tricolor, Oliveira saiu cara a cara com o arqueiro carioca, mas, mais uma vez, não conseguiu se livrar da incômoda zica.

Aos 41 minutos, após lançamento de Cazares, o camisa 9 saiu novamente em condições de marcar, mas, novamente, foi parado por Muriel. Na continuação da jogada, porém, o equatoriano, no rebote, deixou o dele e abriu o placar para os donos da casa.
O fim do jejum
Na volta do intervalo, Ricardo Oliveira seguiu experimentando a angústia dos "gols perdidos". Aos 4, após rebote do goleiro carioca, o atacante desperdiçou mais uma chance clara. Contudo, na volta seguinte do relógio, no mesmo lance, ele teve uma nova oportunidade e, com bastante calma, levantou a torcida presente ao Horto: era, ali, o fim de todo o sofrimento.
O 36º gol, inclusive, teve gostinho de primeiro para um jovem que inicia no profissional. Aos 39 anos, o Pastor foi bastante festejado pelos companheiros, e teve o nome gritado pelos 18 mil torcedores que foram ao Horto.
"Não é desabafo, é sentimento de muita alegria por saber que afinal de contas o trabalho foi recompensado. Perservança, luta, entrega, determinação, apoio dos companheiros... Todos falavam que "o gol vai sair, vai sair, vai sair". Apesar dos 15 jogos sem faze rgol. nunca deixei de trabalar e dar o melhor. Nos momentos difíceis me criticaram com razão, mas também me apoiaram muito. A forma como gritaram meu nome, sentimento de que afinal o trabalho foi recompensado", disse Oliveira em entrevista à TV Globo.
Substituído aos 37,por Alerrando, o Pastor teve o nome bastante gritados pelos atleticanos. Se encerrava ali a noite que ele sonhava há bastante tempo.
No finalzinho da partida, o Fluminense descontou. João Pedro, livre na área, superou Cleiton e diminuiu o marcador.
Com o 2 a 1 no placar, o Atlético se manteve na quarta colocação e soma os mesmos 27 pontos do Flamengo, terceiro.
— HENRIQUE NDRÉ (@ohenriqueandre) August 11, 2019SAAAAAAAAAAAAAI ZICAAAAAA! Ricardo Oliveira encerra jejum de 15 partidas e a comemoração é de um jovem que anotanseu primeiro gol como profissional. O elenco inteiro foi abraçá-lo. A comemoração durou quase dois minutos. pic.twitter.com/waneZVb0IL