Em jogo com várias paralisações, Vingadores fazem a diferença, Galo vence e se classifica

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
13/05/2021 às 23:25.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:55
 (Pedro Souza / Atlético)

(Pedro Souza / Atlético)

Com gols do Incrível Hulk, aos 20 minutos do primeiro tempo, do ‘Homem-Aran(h)a’, aos 8 do segundo, e de Vargas, na bacia das almas, o Atlético levou a melhor sobre o América de Cali, por 3 a 1, no estádio Romelio Martínez, nesta quinta-feira (13), chegou aos dez pontos, na liderança do grupo H da Libertadores, e, matematicamente, garantiu uma vaga nas oitavas de final da competição. O tento dos colombianos foi marcado por Moreno, aos 23 da etapa inicial. Um triunfo conquistado na raça, em um duelo repleto de paralisações e, como em outras oportunidades, falta de bom senso e sensibilidade da Conmebol. 

No último sábado (8), o técnico Cuca já dizia, em tom de ironia, mas com muita lucidez, a respeito da confirmação da partida para Barranquilla: “A mesma cidade que na semana anterior não recebeu o jogo do Fluminense (diante do Santa Fe). (...) Não tem muito o que fazer. O que a Conmebol decreta, tem que acatar”. O treinador estava ciente dos protestos e da ação violenta da polícia contra os manifestantes na Colômbia. Um triste cenário que voltou a ocorrer nesta quinta e que acabou influenciando no andamento do embate.

A Conmebol que se mostrou tão ávida em retirar do Mineirão faixas de apoio à mãe de Cuca, que se recuperava da Covid-19, na goleada do Galo por 4 a 0 em cima do Cerro Porteño, é a mesma Conmebol que parece não estar ciente do que está acontecendo na Colômbia. Resultado: o gás lacrimogênio utilizado pela polícia local em direção aos manifestantes chegou ao estádio Romelio Martínez durante vários momentos, atingindo os jogadores dos dois times.

Só no primeiro tempo, foram quatro paralisações devido ao gás. Na terceira, ocorrida aos 38 minutos, os atletas foram para o vestiário. Chegou-se a um ponto em que, no finalzinho, os atleticanos ficaram parados, enquanto os ‘diablos rojos’ tocavam a bola em seu campo de defesa, aguardando a arbitragem encerrar a etapa inicial.

Com mais de 20 minutos de intervalo, decidiu-se que a segunda metade da partida seria disputada ainda nesta quinta-feira. Enquanto isso, do lado de fora do estádio, o confronto entre policiais e manifestantes continuava. Em várias ocasiões, o gás voltou a prejudicar os jogadores em campo.

Dentro de campo, o Galo ganhou. Do lado de fora do estádio, não havia o que comemorar.

A FICHA TÉCNICA

AMÉRICA DE CALI 1 X 3 ATLÉTICO

AMÉRICA DE CALI
Graterol; Arrieta, Kevin Andrade, Pablo Ortiz e Quiñones; Luis Paz (Rodríguez), Carrascal, Cabrera e Vergara, Moreno (Sánchez) e Adrián Ramos. Técnico: Jersson González

ATLÉTICO
Everson; Guga, Igor Rabello, Alonso e Arana; Jair (Réver), Tchê Tchê e Nacho (Dodô); Savarino (Vargas), Keno (Tardelli) e Hulk (Allan). Técnico: Cuca

DATA: 13 de maio de 2021 (quinta-feira)
LOCAL: Romelio Martínez
CIDADE: Barranquilla, na Colômbia
MOTIVO: 4ª rodada do grupo H da Copa Libertadores
ARBITRAGEM: Andrés Cunha, auxiliado por Nicolás Tarán y Horacio Ferreiro, todos do Uruguai
CARTÕES AMARELOS: Moreno, Andrade (América de Cali); Jair (Atlético)
CARTÃO VERMELHO: Arrieta
GOLS: Hulk aos 20 minutos e Moreno aos 23 do primeiro tempo; Arana aos 8 do e Vargas aos 51 do segundo tempo

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