Em live do Galo, Guilherme e Belletti relembram momentos pelo Atlético e palpitam sobre Sampaoli

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
06/04/2020 às 17:18.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:12
 (Reprodução TV Galo/YouTube)

(Reprodução TV Galo/YouTube)

O 11° capítulo da série de lives #GaloEmCasa, do canal da TV Galo no YouTube, foi com o ex-atacante Guilherme e ex-lateral/volante Belletti, duas figuras importantíssimas dentro do elenco do Atlético no Brasileiro de 1999. Além de relembrarem da temporada que rendeu o vice-campeonato ao Galo – o que fez o clube voltar a uma Libertadores depois de 19 anos –, a dupla deu seu “parecer” a respeito do técnico Jorge Sampaoli.

“(Contratar o Sampaoli) é um investimento muito alto e tem que ter retorno, uma aposta forte. Mas acho válido, porque ele mostrou o que fez no Santos no ano passado. Ele se encaixa no perfil do Atlético, de querer times dinâmicos. Só que vai ter que contratar. Não tenho dúvida disso. Para brigar por um título importante, o Atlético precisa ir em busca de, no mínimo, quatro jogadores de alto nível”, comentou Guilherme.

Belletti também vê com bons olhos a contratação do argentino. “No Atlético, depois que ganhou a Libertadores, cresceu aquela coisa do ‘precisamos ganhar’, ‘temos que estar entre os líderes’. E tem um treinador que te dá essa possibilidade. Claro que aumenta pressão ao clube, por trazer um treinador como ele. E isso traz um novo ânimo para a gente acompanhar”, disse.Reprodução TV Galo/YouTube

1999

O ano de 1999 foi o assunto mais comentado na live na TV Galo. Relembre algum dos melhores momentos abaixo.

União

Guilherme: “O Atlético, no início da competição, não tinha cara. Mas era um grupo muito unido, muitas vezes até para fazer churrasco com a família. Não no início. A gente treinava em Betim, cada dia era um sofrimento para arrumar lugar para treinar. Estrutura praticamente inexistente. Chegaram eu, Belletti, Velloso e outros jogadores durante a competição. A gente deu liga. Neste time de 1999, o primordial foi o grupo unido. A gente não tinha um time tão forte assim, mas essa liga, essa união, nos fez chegar à final”. Guilherme

Dobradinha contra o Cruzeiro nas quartas

Guilherme: “Tecnicamente, o time do Cruzeiro era melhor que o nosso. O Cruzeiro era muito bom, era um timaço. Mas nós matamos os dois jogos sem erro de arbitragem, sem discussão, não demos sorte. Nós ganhamos os dois jogos com propriedade. Duas vitórias acachapantes”.

Belletti: “Só de ser clássico já é legal, contra seu maior rival, adversário mais próximo. Isso transforma um simples jogo em algo épico. Se tratando de eliminatória de Brasileiro então, toma proporções gigantes. O Cruzeiro classificou em segundo, era um dos favoritos ao título. Nessa competição de 1999, a gente entende que não era melhor equipe tecnicamente. Mas nossas vitórias na primeira fase, principalmente contra o Palmeiras no Independência, por 2 a 0, nos deu energia diferente. Contra Flamengo, Santos no Mineirão, Corinthians no Maracanã...”.

Dia de Ronildo

Belletti: “Esses primeiros 45 minutos entre Atlético e Vitória (primeira partida das semifinais) está entre os maiores momentos da carreira. Você tinha 76 mil no Mineirão. E aí em 45 minutos você faz três gols... O Ronildo tinha espaço contra esse adversário. Guilherme fez dois, eu marquei o terceiro, o primeiro depois do acidente de carro que tive na primeira fase. A correria que a gente aprontava na frente era ‘monstro’”.

Final equilibrada e decepção

Guilherme: “Na hora em que o Marques (no início do primeiro jogo) machuca, as possibilidades diminuíram bastante. Sem desrespeito aos outros jogadores, mas ninguém do elenco faria o que ele fazia. Tivemos sim um pênalti não marcado naquele jogo (segundo jogo), mas quando perdemos o ‘Calango’ (Marques), as coisas ficaram difíceis demais”.

Belletti: “A hora que saio do vestiário (após a expulsão no terceiro duelo), a câmera da Globo me focaliza. Eu ficava pensando que não era possível que não iríamos ganhar. Nos classificamos em sétimo, vencemos o Cruzeiro e o Vitória, estávamos cientes que tínhamos vencido o Corinthians no Maraca... Veio a sensação de não dar aquele título ao Atlético”.

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