
FINAL HISTÓRICA – Após conquista alvinegra na Copa Libertadores e bicampeonato celeste no Campeonato Brasileiro, rivais mineiros decidiram pela primeira vez uma competição em nível nacional
O maior clássico mineiro volta à tona em Belo Horizonte neste domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Em baixa na competição, Atlético e Cruzeiro se enfrentam às 16h no Independência, e somente 12 remanescentes do maior duelo da história entre os rivais estarão em campo para o duelo pela sétima rodada (veja a lista abaixo).
Em novembro de 2014, Galo e Raposa decidiram pela primeira vez um torneio para além das fronteiras estaduais. A decisão da Copa do Brasil, no Mineirão, foi o ápice do domínio mineiro no cenário nacional, iniciado no ano anterior com o título alvinegro na Libertadores, fomentado pelo bicampeonato brasileiro celeste e finalizado com o troféu decidido domesticamente. O time azul perdeu o título da Copa do Brasil para o rival, mas a frustração foi minimizada com a conquista do tetracampeonato, dias antes.
Dos 28 jogadores que participaram daquele confronto no Gigante da Pampulha, 13 foram para outros clubes. E outros três personagens já são ausências certas na partida, todos do lado alvinegro. São eles os meias Luan e Dátolo, lesionados, e o lateral-esquerdo Douglas Santos, a serviço da Seleção Brasileira.
Capitão responsável por erguer o troféu em 2014, o zagueiro Leonardo Silva recupera-se de uma lesão muscular e corre contra o tempo para reforçar o Galo diante do arquirrival.
Já no comando técnico dos rivais, Marcelo Oliveira trocou de lado após a passagem pelo Palmeiras, enquanto o campeão Levir Culpi foi dispensado e assumiu o Fluminense.
Adeus aos protagonistas
O Cruzeiro modificou-se mais do que o rival. Na defesa, o goleiro Fábio e os zagueiros Léo e Bruno Rodrigo seguem no clube, além do volante Henrique e do atacante Willian, à disposição do técnico Paulo Bento. O camisa 9, inclusive, ganhou papel importante com as saídas de Ricardo Goulart e Everton Ribeiro. Os destaques do time azul deram adeus logo após a Copa do Brasil, com destino a China e Emirados Árabes, respectivamente.
As laterais também já não são as mesmas. O experiente Ceará não teve o contrato renovado, enquanto Egídio foi negociado ao futebol ucraniano, onde pouco ficou antes de voltar ao Brasil para defender o Palmeiras. No meio de campo, a Raposa vendeu Nilton ao Internacional e emprestou Willian Farias ao Vitória.
Despedida com título
Assim como o Cruzeiro, o Atlético também se despediu de dois ídolos após a Copa do Brasil. Autor do gol da vitória do Galo na finalíssima da competição nacional, Diego Tardelli assinou com o Shandong Luneng. Por lá, o camisa 9 já foi comandado por Cuca e Mano Menezes, dois ex-treinadores do futebol mineiro. O último, inclusive, foi demitido do cargo ontem.
Já o volante Pierre permaneceu no Atlético até abril de 2015. Já na Copa do Brasil, no entanto, o “cão de guarda” havia perdido para Rafael Carioca. Ele rescindiu contrato para acertar com o Fluminense.
O mercado internacional também afetou a defesa alvinegra. O zagueiro Jemerson resistiu aos assédios em 2015, mas acabou negociado ao Monaco, ainda na pré-temporada deste ano. A lacuna deixada pela revelação alvinegra ainda não foi preenchida. A diretoria do Atlético busca um defensor no mercado, e o equatoriano Arturo Mina, do Independiente del Valle, deve acertar com o clube nos próximos dias.