Em meio a novo capítulo de imbróglio com o Cruzeiro, zagueiro Dedé completa 15 meses sem jogar

Lucas Borges
@lucaslborges91
20/03/2021 às 15:43.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:28
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

Em litígio com o Cruzeiro desde janeiro, quando ingressou na Justiça Trabalhista contra o clube estrelado, pedindo a rescisão unilateral do contrato e o pagamento de mais de R$35 milhões em verbas trabalhistas, o zagueiro Dedé completou uma triste marca para a sua carreira neste fim de semana.

Nessa sexta-feira (19), o defensor completou 15 meses sem entrar em campo. A última partida oficial do jogador foi no dia 19 de outubro de 2019.

Na ocasião, Dedé foi substituído logo aos 19 minutos do primeiro tempo, com dores no joelho esquerdo, na vitória da Raposa por 2 a 1 sobre o Corinthians, na Neo Química Arena, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Após tentar o tratamento convencional sem sucesso, o zagueiro passou por uma cirurgia no local, no início do ano passado, e desde então segue em tratamento.

Desde a lesão, Dedé se envolveu em algumas polêmicas. Uma delas foi o fato de ter aparecido dançando em vídeo que circulou nas redes sociais, durante uma confraternização, em um momento em que estava contundido, e o time celeste vivia situação delicadíssima na luta contra o rebaixamento.

Outra atitude que gerou um certo mal-estar no clube estrelado durante alguns momentos da temporada passada foi o fato de ter optado em fazer a cirurgia e a recuperação no Rio de Janeiro, com profissionais que não compõe o departamento médico da Raposa.

O litígio

No início de janeiro, Dedé ajuizou uma ação trabalhista contra o Cruzeiro, exigindo R$ 35.258.058,64, além de rescisão indireta do contrato, que tem duração até dezembro de 2021.

De acordo com a defesa do jogador, a Raposa deve ao zagueiro seis meses de salário (R$ 450 mil por mês), dez de direitos de imagem (R$ 300 mil por mês) e quatro de depósito de FGTS. Além disso, segundo o zagueiro, há outras pendências referentes a 2019.

Na ocasião, o juiz titular da 48ª Vara do Trabalho, Marco Antônio Ribeiro Muniz Rodrigues, negou o pedido de rompimento do vínculo.

Entretanto, em fevereiro o jogador conseguiu uma liminar que permitiu a rescisão com o Cruzeiro, e ficou livre no mercado para acertar com outra equipe.

Em mais uma reviravolta no caso, no dia 11 de março, a Justiça acolheu um mandado de segurança impetrado pela Raposa e suspendeu a decisão que permitia a desvinculação do zagueiro com o clube estrelado.

Ao cassar a liminar, o magistrado concordou com a argumentação do jurídico do Cruzeiro, de que não cabia a rescisão do vínculo, já que Dedé ainda não estaria apto a voltar a atuar, não configurando, nesse caso, qualquer prejuízo ao jogador.

No mais recente capítulo desse imbróglio, o juiz Fábio Gonzaga de Carvalho, da 48ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, após a defesa de Dedé ter apresentado um laudo do médico que o operou, afirmando que o jogador está apto a voltar a atuar, determinou que o jogador passe uma perícia em no máximo 20 dias, para que tal questão seja sanada definitivamente.

Aos 32 anos, Dedé chegou ao Cruzeiro em 2013. Desde então, disputou 188 jogos, marcou 15 gols, e conquistou os títulos do Campeonato Brasileiro (2013 e 2014), da Copa do Brasil (2017 e 2018) e do Campeonato Mineiro (2014, 2018 e 2019).

Além da lesão atual, o defensor conviveu com outros diversos problemas físicos, que fizeram com que ele atuasse em apenas 12 jogos entre 2015 e 2017. 

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