Em menos de uma semana de Cruzeiro, Abel Braga já convive com pressão

Thiago Prata
02/10/2019 às 16:42.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:02
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

O técnico Abel Braga não tem nem uma semana de Cruzeiro e já vive uma pressão gigantesca, parte de uma herança deixada pelas Eras Mano Menezes e Rogério Ceni e também em função do acúmulo de atuações ruins do time dentro de campo e, principalmente, pelos escândalos nos bastidores do clube.

O desafio diante do Goiás, na última segunda-feira (30), veio acompanhado pelo duo expectativa/realidade. O otimismo que rondava a estreia de Abel antecedeu a primeira derrocada do treinador à frente da Raposa. Esperava-se uma formação mais sólida, em termos táticos, mas, para muitos, o comandante escalou mal e ainda errou nas substituições.

No dia seguinte, ele fez uso do diálogo para conter os ânimos dos torcedores que invadiram a Toca II e exigiam dos atletas uma postura diferente para tirar o Cruzeiro do fundo do poço. “É muita coisa para tão pouco tempo”, admitiu o treinador, ciente da responsabilidade que tem. Não à toa, é tido como a última cartada da diretoria. 

Para tentar amenizar o clima pesado que se instaurou na Toca, Abel recorre a seu otimismo característico, embasado em algo de positivo que viu na performance celeste perante o Goiás, apesar do resultado negativo de 1 a 0. “Vamos sair dessa situação”, sintetizou após a 11ª derrota do time em 22 rodadas do Brasileiro – sim, o Cruzeiro perdeu metade de seus jogos na competição e não ganhou sequer uma partida fora de casa.

Além disso, tentou colocar panos quentes depois da invasão da torcida organizada Máfia Azul na terça-feira, evidenciando uma certa “empatia” com os torcedores. “Não podemos deixar de entender a soberania do torcedor, que envolve paixão e sentimento. Entendemos perfeitamente o que o torcedor está passando. Isso que ocorreu foi nada mais que paixão pelo momento. Se nós não sairmos dele, vamos criar um fato inédito, que é ver o Cruzeiro na Segunda Divisão”, disse.

Próxima missão

Abel ficará frente a frente com o Internacional, onde conquistou importantes títulos, como a Libertadores e o Mundial, ambos em 2006. Mesmo se vencer o Colorado, neste sábado (5), a partir das 21h, no Mineirão, a equipe estrelada permanecerá entre as quatro piores do campeonato. Mas um triunfo é fundamental a fim de iniciar a tão sonhada reação.

Para alcançar o triunfo, o time precisará da liderança e do trabalho de Abel, que, no dia do confronto, completará uma semana de Cruzeiro. Quem sabe não vem uma vitória para começar a afastar todo esse momento conturbado?

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