Lautaro Martínez. Este nome não sairá da cabeça dos cruzeirenses nos próximos dias. Com três gols  na vitória do Racing sobre a Raposa, por 4 a 2, o "queridinho" do futebol argentino, de apenas 20 anos, se tornou pesadelo dos brasileiros na estreia da Copa Libertadores.

Pecando no sistema defensivo, o time comandado por Mano Menezes pecou em jogadas de bola parada e não apresentou o esperado "cartão de visitas" no primeiro desafio na competição mais importante do continente, mesmo se impondo em campo e fazendo uma boa partida. O duelo em Avellaneda, no estádio El Cilindro, representou também a primeira derrota da equipe mineira na temporada.

Pela Libertadores, a Raposa só volta a jogar em 4 de abril, quando enfrenta o Vasco, no Mineirão. No domingo (4), a equipe encara o Atlético, às 11h, no Independência, pela 9ª rodada do Campeonato Mineiro.

"Perdemos para um time que pressionou bem, que jogou melhor e Libertadores não pode errar. Erramos demais e deu nisso", comentou o meia Thiago Neves, que entrou no segundo tempo do confronto.

O Jogo

A partida na Argentina colocou frente a frente duas equipes embaladas em 2018. O Racing, dono da casa,  vinha de quatro vitórias seguidas, sendo todas pelo Campeonato Argentino. O Cruzeiro, visitante, somava sete vitórias e um empate em 2018, além de ter sofrido apenas um gol até antes de a bola rolar.

Sem o goleiro Fábio, que retornou ao Brasil para acompanhar o velório do pai, que morreu na noite desta segunda-feira (26), o time de Menezes entrou em campo com Rafael.

Logo aos 6 minutos, veio o primeiro susto para os brasileiros. O atacante Fred, referência do setor ofensivo, sentiu lesão na panturrilha direita e deixou o campo, dando lugar a Rafael Sóbis.

Aos 13, o segundo. Após cobrança de falta, o camisa 10 Lautaro Martínez só empurrou para o fundo das redes de Rafael.

Aos 29 minutos, a Raposa deu o troco à altura nos mandantes. Arrascaeta, de cabeça, deixou tudo igual. O lance começou com um cruzamento na medida  de do lateral-esquerdo Egidio. O camisa 10, sozinho, so teve o trabalho de cabecear e correr para o abraço.

Dois minutos depois, Rafael Sobis parou no goleiro Musso. No rebote, Arrascaeta, inspirado, acertou a trave. O Cruzeiro cresceu no jogo!

Aos 44, porém, numa jogada bem trabalhada e ensaiada em cobrança de falta, Martinez, novamente, colocou o Racing na frente. Bobeira da defesa do Cruzeiro e um péssimo resultado levado ao vestiário.

Segundo tempo

Na volta do intervalo, o Cruzeiro mostrou sua força e sufocou o Racing nos primeiros minutos. Aos 9, Rafinha, sozinho, acertou o travessão de Musso.

Contudo, na velha máxima de que "quem não faz leva", aos 16 minutos, Martinez apareceu novamente. Num chute cruzado, o camisa 10 obrigou Rafael a fazer uma excelente defesa, mandando para escanteio. Na cobrança, o atacante, que foi observado pelo técnico  Jorge Sampoli, técnico da seleção Argentina, deixou o terceiro dele; o décimo na temporada, em 12 partidas disputadas. De cabeça, ele deslocou o camisa 1 da Raposa.

Aos 24, o meia Robinho, numa bela cobrança de falta, colocou o Cruzeiro novamente na partida. O chute, perfeito, foi parar no ângulo direito de Musso. Um golaço!
Mas realmente não era noite para uma vitória celeste fora de casa. Aos 32, quando o Cruzeiro pressionava e buscava o empate, Solari deu números finais ao duelo. Tabelando com Ceturión, ex-jogador do São Paulo, ele chutou cruzado e bateu Rafael.

Já no apagar das luzes, o Racing ficou com um jogador a menos em campo. Após entrada brusca em Egídio, Saravia acabou sendo expulso de campo. Mas já não havia mais tempo para uma reação celeste.

Ficha Técnica
Racing-ARG 4 x 2 Cruzeiro

Racing: Musso; Saravia, Sigali, Donatti e Soto; Dominguez, Zaracho (Solari), Cardoso e Centurión (Cuadra); Lisandro López e Lautaro Martínez (Meli)
Técnico: Ariel Broggi

Cruzeiro: Rafael; Romero, Manoel, Murilo e Egídio; Henrique, Ariel Cabral, Robinho (Mancuello) e Arrascaeta (Thiago Neves); Rafinha e Fred (Rafael Sóbis)
Técnico: Mano Menezes

GOLS: Lautaro Martínez, aos 14 e aos 44; de arrascaeta, aos 30 minutos do primeiro tempo.

Arbitragem: Wilmar Roldán, auxiliado Alexander Guzmán e Christian de la Cruz (trio colombiano).
Cartões Amarelos: LAUTARO MARTÍNEZ, saravia (R); Mancuello (C).
Cartão Vermelho: Saravia

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