Em nome do pai, do Rap e dos 111 anos do Galo: artistas falam sobre presente para o clube

Henrique André
21/03/2019 às 19:09.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:54
 (Arquivo Pessoal e Bruno Cantini/Atlético)

(Arquivo Pessoal e Bruno Cantini/Atlético)

Apaixonados pelo Atlético e responsáveis por fortalecer o cenário do Rap mineiro nos quatro cantos do país, um grupo de artistas se uniu e, no próximo domingo, presenteará o clube com uma música especial em comemoração aos 111 anos de vida do alvinegro da capital.

Com mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, o MC Djonga, nascido na Favela do Índio e criado no bairro São Lucas, puxa a fila dos outro sete que tiveram a missão de mandar um recado para a Massa e eternizar cada verso na memória de quem escolheu a camisa preta e branca como segunda pele.

“Meu pai não é atleticano. Meu pai é atleticano doente. Quando eu era novo, podia ser a festa que fosse, até casamento. Ele parava tudo para ver o jogo do Galo”, conta a sensação do momento ao Hoje em Dia.

“A parada é tão louca que, na crisma da minha irmã, o time estava na Série B, naquele jogo contra o Coritiba, que o Marinho fez o gol de bicicleta, e eu e meu pai estávamos com radinho, fora da igreja, ouvindo”, acrescenta. 

Apaixonado pelo Atlético desde quando ainda nem sabia escrever, Djonga também lembra de um episódio, no Mineirão, quando viveu momento de emoção protagonizado pelo homem que lhe ensinou a ser Galo.

“Lembro de uma cena que é muito marcante e eu falo sempre; a gente no Mineirão, quando a divisão era mais fácil passar, meu pai queria ir para o meio da galera e me entregou para um cara aleatório e foi me passando na grade para curtir no meio da galera. Galo é isso!”, finaliza.Arquivo Pessoal 

Representante mulher

Parceira de Djonga no coletivo DV Tribo e com o selo da Ceia Ent., Clara Lima é outra que colocou em versos o seu amor pelo Atlético. Cria das batalhas do Viaduto de Santa Tereza, ela contrariou o pai, cruzeirense, para poder tirar da garaganta o grito de “Galo!”.

“Me identifico com o futebol desde cedo. Meu pai era cruzeirense. Eu ia ao estádio com meus primos. Sempre gostei de gritar e sentir aquela energia do time e da torcida”, explica a MC belo-horizontina.

“Domingo tá aí pra geral ver; Clube Atlético Mineiro, Galo Forte Vingador; Desde um nove zero oito, disciplina, esporte e amor” - Trecho dos versos criados pela Mc Clara Lima em homenagem ao Atlético

 Em nome do pai

Outro que faz parte do projeto, que aos poucos vai tomando cara, Thiago SKP tem um motivo especial para homenagear o clube de coração. Filho do falecido Eduardo Maluf, dirigente que marcou Era no alvinegro, o itabirano se vê contribuindo com a história atleticana.

“É uma forma de contribuir com a linda história que meu pai construiu no Atlético. Comecei com um grupo de Itabira, em 2007, e hoje já vou para meu quarto álbum. É um orgulho”, relata Thiago Martins Maluf. 

  

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