(AFP / CRISTIANE MATTOS)
Uma antítese do primeiro jogo no Morumbi. Este foi o cenário do derradeiro encontro entre Atlético e São Paulo nas quartas de final da Libertadores. O Galo, precisando reverter a derrota de 1 a 0 na ida fez um começo fulminante. Abriu dois gols de vantagem, mas o Tricolor diminuiu a diferença e decretou o placar em 2 a 1 . O gol marcado fora de casa deu a vaga aos paulistas, remanescente brasileiro na competição, que irá disputar a semifinal após a parada da Libertadores. Os três gols da partida foram marcados antes dos 15 minutos de jogo.
Com a mesma intensidade de todos os outros jogos disputados em casa, o Atlético partiu para cima do São Paulo embalado pela torcida que lotou o Independência. Pela direita, o lateral-direito Marcos Rocha recebeu boa bola na ponta da área e disparou para o gol. O relógio não chegou aos sete minutos de jogo quando Dênis espalmou o petardo do camisa 2. No rebote, Cazares chutou desequilibrado e o goleiro são-paulino não conseguiu salvar.
O Horto explodiu. O Atlético, rapidamente, já igualava o placar agregado. Mas a fome alvinegra pedia mais e o São Paulo parecia um boxeador preso nas cordas do ringue. Quatro minutos de sofrer o primeiro cruzado, os paulistas caíram no chão. Douglas Santos pegou de efeito na bola e o cruzamento, teleguiado, encontrou a cabeça de Carlos.
O camisa 13 deixou o Atlético com uma mão nas semifinais. Iluminado, o jovem atacante chegou ao terceiro gol seguido nesta Libertadores, nos três últimos jogos disputados. Mas ele logo repetiria outra sina - de se lesionar durante as partidas.
Só que o Tricolor resistiu aos golpes e se pôs de pé novamente. Utilizando a velha estratégia da bola parada, o zagueiro Maicon venceu Victor em cobrança de escanteio. Um balde de água fria no Galo. Com 2 a 1 no placar, o São Paulo eliminava os mineiros no critério de gols marcados fora de casa.
O Atlético permaneceu ofensivo. Mas tinha que achar, agora, buracos raros na defesa são-paulina. Se não conseguia trabalhar a bola no campo de ataque, o time da casa tentou imitar o rival e foi para o alto. Bagunça na área tricolor e a bola beija a trave de Dênis.
O São Paulo devolveu na mesma moeda e, novamente em bola parada quase arrancou o coração do torcedor alvinegro, com a bola tocando a trave esquerda de Victor.
Edgardo Bauza, bicampeão da Libertadores com LDU e San Lorenzo, mostrou que é um mestre da competição. Segurou o resultado no segundo tempo, amarrou as jogadas alvinegras e gastou o tempo.
Para o Galo, o "Eu acredito" não surtiu efeito. Fica a bronca contra a arbitragem, que fez vista grossa em duas faltas dentro da área do São Paulo. Destaque para a raça interminável de Leandro Donizete e Marcos Rocha. O volante acabou sendo expulso de campo, mas sua saída puxou o canto da torcida,
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 2 X 1 SÃO PAULO
Atlético: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Leandro Donizete e Eduardo (Dátolo); Carlos (Carlos Eduardo), Cazares e Patric (Clayton); Lucas Pratto - Técnico: Diego Aguirre.
São Paulo: Dênis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Eugenio Mena; Hudson e Thiago Mendes (Wesley); Kelvin, Ganso e Michel Bastos (Matheus Reis); Calleri (Alan Kardec). Técnico: Edgardo Bauza.
Gols: Cazares, aos 7 minutos; Carlos, aos 11 minutos e Maicon aos 14 minutos do 1º tempo
Cartões amarelos: Michel Bastos, Maicon (SPFC); Eduardo, Leandro Donizete e Leonardo Silva
Cartão vermelho: Leandro Donizete, aos 48 minutos do segundo tempo
Arbitragem: Andrés Cunha, auxiliado por Carlos Pastorino e Horácio Ferreiro. Trio do Uruguai.
Público: 21337
Renda: R$2.016.530,00