Em quarentena e longe do Atlético, Belmiro vê saudade apertar e diz: 'não vejo a hora de voltar'

Henrique André
@ohenriqueandre
04/05/2020 às 18:42.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:25
 (Henrique André)

(Henrique André)

Há mais de cinquenta anos, a vida do massagista Belmiro é diretamente ligada ao Atlético. O dia a dia, inclusive, se confunde com a do alvinegro, no qual é verdadeiro operário padrão. Comprometido nas tarefas e apaixonado pelo clube, Bel, como é chamado por amigos e também por torcedores, vive dias difíceis longe da atividade que mais ama.

Recluso em casa, o massagista de 70 anos afirma nunca ter passado tanto tempo longe assim do trabalho e das pessoas que ama.

"É ruim demais. O maior desafio é não poder sair para visitar os filhos, os netos, os irmãos e os amigos. Eu ainda fico mais restrito ainda, porque tem lugares que não entro em Lagoa Santa, até pela idade, não posso frequentar. A sensação é muito ruim, porque você está acostumado a encontrar os amigos, colegas de trabalho e vocês da imprensa todos os dias, e cai um negócio desses, é uma coisa desesperadora, porque você não tem saída. Não vejo a hora de voltar a trabalhar", conta Bel ao Hoje em Dia.

"Estamos aqui nesta quarentena, sem poder sair, só dentro de casa. É muito difícil você ficar muito tempo longe do trabalho. Minhas rotina é levantar cedo, fazer uma caminhada na área aqui de casa e mais nada. Fico quietinho com minha esposa. O Que tenho feito para me proteger é ficar dentro de casa, não tendo contato nenhum, vendo filme e comendo umas pizzas. Beber demais não pode, né? (risos). A gente cuida direitinho e peço a Deus para que todos fiquem dentro de casa também", acrescenta o massagista.Henrique André 

Morte de massagista

'Amigo da Bola' de Jorginho, massagista que trabalhava no Flamengo há mais de 40 anos e que faleceu nesta segunda-feira, vítima do novo coronavírus, Belmiro lamenta o fato e a perda de um companheiro com quem trocou muitas ideias ao longo destas décadas de serviços prestados no futebol.

"Eu conheci o Jorginho muito nos jogos. Quando o Flamengo vinha aqui ele ia até o vestiário para batermos papo; nas viagens também nos encontrávamos nos aeroportos. Quando fiquei sabendo que ele estava internado, fiquei muito chateado, esperando que ele recuperasse o mais rápido possível. Hoje veio esta pancada", finaliza.

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