Empates emocionantes com sabor de vitória na história do Mineirão

Felipe Torres - Do Hoje em Dia
08/01/2013 às 07:14.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:23
 (Leo Drumond/Hoje em Dia)

(Leo Drumond/Hoje em Dia)

“O jogo só termina quando o juiz apita”. Tratando-se de Atlético e Cruzeiro, essa velha máxima do futebol deve ser seguida à risca. Afinal, a capacidade de reação dos rivais não pode ser subestimada no maior clássico de Minas Gerais.

O Mineirão já foi palco de duas reviravoltas que ficaram marcadas na história. Na mais famosa delas, o Cruzeiro conseguiu, em novembro de 1967, um feito heroico, mostrando como um empate ganha sabor de vitória.

A partida valia pelo Campeonato Mineiro e um placar positivo daria o título antecipado ao Galo. O alvinegro tinha cinco de pontos de vantagem sobre o oponente, a três rodadas do encerramento da disputa.

“Eu estava na reserva e entrei, logo de cara, após a contusão do Tostão. O Procópio ainda acabou expulso, aos 25 minutos do primeiro tempo. Fomos para o vestiário perdendo por 2 a 0”, lembra Zé Carlos.

Para piorar a situação da Raposa, o Galo chegou ao terceiro gol com Lacy, aos 15 minutos da etapa final. “Mesmo com os 3 a 0 contra, mantivemos a calma e acreditamos na reação”, conta Zé Carlos.

Na trave

Os gritos de “é campeão” da massa alvinegra já ecoavam no Gigante da Pampulha. Natal, então, balançou a rede de Hélio duas vezes, em dois minutos. E, aos 30, Piazza, de pênalti, deixou tudo igual.

“Tive a chance de virar o jogo, cobrando uma falta na trave. Imagina se a bola entra. Um tanto de torcedor sofreria com ataques cardíacos. Os atleticanos de raiva e os cruzeirenses de alegria”, brinca Zé Carlos.

O emocionante clássico terminou nos 3 a 3, e o Cruzeiro arrancaria rumo ao tri estadual.

Marques decide

Pelo Brasileirão de 2001, foi a vez do Galo não se entregar e buscar o resultado. O Cruzeiro batia o “inimigo”, por 2 a 0, até os 41 minutos do segundo tempo, com dois gols de Alex.

Porém, o meia alvinegro Ramon tratou de dar esperança à massa ao cobrar falta com perfeição. E Marques garantiu os 2 a 2, no apagar das luzes, aos 43.

“Faltando dez minutos para terminar o confronto, pedi para ninguém desistir, pois podíamos empatar ou até sair com a vitória”, declarou o atacante Guilherme após o duelo, presenciado por mais de 84 mil pagantes.

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