Empresário cobra do Galo R$ 1,5 mi na Justiça por negociação de Cuca, Réver, Diego Souza e Denílson

Guilherme Piu e Henrique André
Hoje em Dia - Belo Horizonte
22/07/2020 às 14:30.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:05
 (Montagem sobre fotos de Bruno Cantini/Atlético)

(Montagem sobre fotos de Bruno Cantini/Atlético)

Montagem sobre fotos de Bruno Cantini/Atlético 

Um dos empresários mais influentes no futebol brasileiro entrou na Justiça contra o Atlético para cobrar por negociações que o clube atrasou o pagamento e que também não pagou nenhuma das parcelas acordadas. O processo movido pela Brazil Soccer Sports Management Ltda, de Eduardo Uram, envolve quatro personagens do futebol com histórias no Galo: o técnico Cuca, o zagueiro Réver, o meia Diego Souza e o atacante Denílson. 

Segundo documento obtido pelo Hoje em Dia, o valor total da causa está estipulado em R$ 1.505.465,12 milhão dividido da seguinte forma: R$ 655.494,57 por negócios envolvendo Cuca, Réver e Diego Souza; e R$ 849.970,55 da negociação que envolveu Denílson. 

O processo de execução de título extrajudicial corre desde a última quarta-feira na 10ª Vara Cível de Belo Horizonte. 

O Hoje em Dia teve acesso ao documento ajuizado pela empresa de Eduardo Uram contra o Atlético. O empresário alega que em 2 de fevereiro de 2017 fez acordo com o clube para receber as comissões por ter intermediado a contratação de Diego Souza, ainda em 2010, e pelas renovações de contrato do técnico Cuca e do zagueiro Réver. E que em 24 de março de 2019 houve o acordo para recebimento de comissão pela transferência de Denilson. 

Cuca, Diego Souza e Réver

A diretoria do Atlético à época se comprometeu a pagar R$ 2.150.000,00 em 48 parcelas mensais de R$ 44.791,67 à Brazil Soccer Sports Management Ltda, a partir de 10 de fevereiro daquele mesmo ano. Entretanto, após pagamento de 38 parcelas, o Galo parou de cumprir o compromisso com a empresa de Eduardo Uram, que agora cobra do clube todo o valor restante do acordo de confissão de dívida.

"Notificado a pagar a dívida, o Executado não o fez, solução não restando à Credora a não ser propor a presente execução, na qual deve ser o Clube Executado compelido ao pagamento do valor principal da dívida, acrescido de correção pelo IGPM-FGV, multa de 5%, juros de 1% ao mês entre a data do vencimento da primeira parcela (10/02/2017) e a data de vencimento de cada uma das seguintes, tudo na forma contratualmente avençada", cita parte da petição da empresa de Uram. 

A última parcela paga pelo Atlético segundo o processo movido pela Brazil Sports Management Ltda foi em 10 de março de 2020. E por contrato, a empresa poderia cobrar do Atlético na Justiça caso houvesse o atraso de três parcelas seguidas, o que aconteceu com os atrasos dos pagamentos em 10 de abril, 10 de maio e 10 de junho. 

Antes de entrar com o processo, o empresário alega na petição enviada à Justiça que notificou o Atlético, mas que não conseguiu resolver a situação. 

Denílson

Eduardo Uram cobra também comissão pela intermediação no negócio que envolveu o atacante Denilson e o Atlético em 2019, ainda quando Alexandre Gallo era diretor de futebol do Alvinegro.

"Além do título acima executado, a Exequente firmou com o Clube Executado um instrumento denominado TERMO DE CONSOLIDAÇÃO E CONFISSÃO DE DÍVIDA, CESSÃO DE CRÉDITOS E OUTRAS AVENÇAS, em data de 24 de março de 2019, referente à intermediação na transferência do atleta Denilson Pereira Junior pelo clube espanhol Granada CF ao Executado. Na CLÁUSULA 1.2. (ii) do referido instrumento, o demandado CLUBE ATLÉTICO MINEIRO, depois de novamente reconhecer a dívida consolidada, comprometeu-se a pagar à BRAZIL SOCCER a quantia de R$ 779.669,28 (setecentos e setenta e nove mil seiscentos e sessenta e nove reais e vinte e oito centavos), em 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas de R$ 21.657,48 (vinte e um mil seiscentos e cinqüenta e sete reais e quarenta e oito centavos) cada, com vencimento a primeira em 20/04/2019", diz parte da petição.

O empresário garante que não recebeu nenhuma parcela pelo pagamento do serviço prestado.

"Ocorre que nenhuma das parcelas foi paga, razão pela qual, em data de 06/07/2020, a Exequente notificou o Executado na forma acima descrita. Passados dez dias, não houve o pagamento por parte do Devedor, operandose o vencimento antecipado de todas as parcelas da dívida, inclusive das vincendas, e, em consequência, a Exequente lança mão da presente execução para exigir o pagamento", aponta outra parte do documento redigido pelos advogados da Brazil Soccer. 

Também para essa pendência o empresário Eduardo Uram cobra incidência de multa de 5%, e juros de 1% ao mês, além de correção monetária desde o vencimento. 
O Atlético, segundo apurou o Hoje em Dia, está em tratativas para resolver o problema com Eduardo Uram. 

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