Empresa tenta busca e apreensão de aparelhos de academia após calote de R$ 258 mil do Cruzeiro

Guilherme Piu
@guilhermepiu
23/06/2020 às 13:36.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:51

Divulgação/Cruzeiro 

 O Cruzeiro é alvo de nova ação na Justiça e desta vez uma empresa de Joinville, em Santa Catarina, cobra do clube quase R$ 300 mil pelo não pagamento integral de compra específica de equipamentos de ginástica e musculação. A ação está na 25ª Vara Cível de Belo Horizonte e foi distribuída no dia 16 de junho.

Esse é mais um contrato assinado durante a gestão Wagner Pires de Sá, presidente que renunciou ao cargo por gestão temerária no fim de dezembro do ano passado.

De acordo com a petição dos advogados de um grande escritório de Santa Catarina o Cruzeiro acordou em dezembro de 2018 uma compra no valor de R$ 940 mil. Porém, o clube mineiro não quitou todo o valor da operação e é por esse motivo que a ação corre na Justiça de Minas Gerais.

"O Réu pagou parte do contrato, porém ainda falta adimplir valores, que serão atualizados abaixo. Em valores históricos, não atualizados, a dívida perfaz a monta de R$ 258.325,41 (duzentos cinquenta e oito mil, trezentos e vinte e cinco reais e quarenta e um centavos)", diz parte da petição dos advogados da Brunswick Indústria de Embarcação do Brasil. 

Na ação a empresa catarinense pede ainda que 50 itens entre esteiras, bicicletas, barras, equipamentos de supino, abdominal dentre outros aparelhos e acessórios de academia possam ser alvo de busca e apreensão no clube. A compra foi feita por meio de quatro notas fiscais conforme mostra a imagem abaixo.Reprodução 

 "Resta evidente, pois, Excelência, que há pleno direito de a Autora, após ter notificado a Ré, mover a presente ação para, em primeiro pedido, ter resolvido o contrato com a busca e apreensão dos bens, conforme cláusula 6.5 do contrato firmado entre as partes", cita no processo.

Ainda de acordo com o pedido dos advogados, o valor que o clube já pagou deverão ser mantidos à empresa mesmo que os equipamentos de ginástica sejam apreendidos. 

Da mesma forma, requer-se, desde já, que quaisquer valores pagos, no presente caso, sejam mantidos em favor da Autora para cobrir a depreciação sofrida pelo equipamento e as demais despesas da Autora com as tentativas extrajudiciais de cobrança, contratação de escritório de advocacia, entre outras despesas", peticiona.

A empresa lembra ainda de uma multa pela quebra de contrato, como também estava especificada no acordo entre as partes. 

"Cumpre lembrar que, entre as despesas acima deve ser incluída a multa contratual de descumprimento do contrato firmado entre as partes, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), conforme cláusula 7.3 daquele instrumento", afirmam os advogados. Reprodução / N/A 

 O Hoje em Dia ouviu o Cruzeiro, que informou em um primeiro momento ainda não ter sido notificado oficialmente pela Justiça por causa da ação. 

O escritório de advocacia responsável pela defesa da Brunswick também foi procurado. A reportagem pediu uma explicação oficial sobre a ação movida contra o Cruzeiro. No entanto, também em um primeiro momento, uma das advogadas que assina a petição disse que apenas um dos responsáveis pelo escritório poderia comentar o caso. 

Foi sugerido por ela, ainda, que um e-mail com a demanda para a matéria fosse enviada por escrito. O que foi feito.

Por email o advogado responsável respondeu ao HD no meio da tarde desta terça-feira (23). De acordo com ele, houve diversas tentativas de contato com o Cruzeiro por e-maio, além de três notificações encaminhadas ao clube. "Todas sem qualquer resposta. As datas das notificações são 31/07/2019, 16/2/2019 e 27/04/2020", respondeu à reportagem.

"Todavia, como não houve resposta e não houve o adimplemento das prestações, não restou outra alternativa senão o ingresso da ação para recolher os equipamentos", ressaltou. 

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