Ao tentar embarcar de volta para Belo Horizonte a tempo de enfrentar o América na noite desta quinta-feira (13), Juanito Cazares se deparou com a falta de documentação necessária para fazer a viagem internacional desde o Equador. Sem se comunicar com a diretoria do clube, acabou sendo cortado da relação de jogadores e com a promessa de punição.

O jogador se manifestou nas redes sociais posteriormente, pouco tempo depois de dar sinal de vida à diretoria e indicar que retornaria para BH no início da madrugada desta sexta-feira (14). Amigo e companheiro de Seleção do meia-atacante, o zagueiro Erazo desvendou o mistério do tal "falta de documentação". O camisa 11 apresentou um visto de trabalho vencido e só poderia ir ao Brasil na condição de turista, mas também não seria possível.

"Eu sou amigo, não pai dele. O Cazares é um menino já grande. Teve um problema de visto de trabalho. Ele me disse que teria de entrar no Brasil como turista. E teria de ter uma passagem de volta. Ele não tinha essa passagem e já estava na hora de embarcar. Não deixaram ele embarcar. Ele conseguiu comprar uma outra passagem. Tomara que ele chegue aqui e possa dar as explicações necessárias", afirmou o zagueiro do Galo, em entrevista à Fox Sports.

O visto de trabalho também foi uma pedra no sapato de outro armador estrangeiro do Atlético. Romulo Otero teve sua inscrição no BID adiada por algum tempo pois teria de sair do Brasil e dar entrada no país com a carteira de trabalho regulamentada. Ele foi até o Paraguai (local com voo mais acessível) e logo foi inscrito pelo clube mineiro. O camisa 80 foi o substituto de Cazares diante do América e se destacou pela jogada do gol de Fred (que abriu o placar) e a disposição para recompor no lado esquerdo e ajudar o lateral Fabio Santos a impedir os avanços de Ernandes, Matheusinho e Osman.