Escola de Messi ainda se lembra do craque juvenil que ganhou o mundo

Gláucio Castro - Enviado especial
07/07/2013 às 21:24.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:50

ROSÁRIO – Sentado à primeira carteira da sala três da Escola 66/C – Las Heras, em Rosário, a imaginação de Germán Zamarini, 12 anos, vai longe. Pensa em fazer arquitetura e construir prédios. Neste mesmo local, há alguns anos, o pequeno Lionel Andrés Messi, da mesma idade, também sonhava alto, enquanto a professora Andrea Liliana Sosa passava a lição de Matemática no quadro negro. Queria ser jogador de futebol.

A baixa estatura, cerca de 1,40m na época, e o corpo franzino eram empecilhos. A vontade e a habilidade serviam de motivação. Foi então que a família de Lio, sempre disputado pelos coleguinhas para jogar em todos os times, resolveu dar uma forcinha para o sonho do menino simples da periferia de Rosário. Se mudou para a casa de uma prima na Espanha e conseguiu inscrevê-lo para testes no Barcelona.

Alguns anos depois, Lio se transformou em Messi. Fez tratamento para crescer, que o ajudou a atingir a modesta altura de 1,69m, e se tornou o maior jogador de futebol do planeta na atualidade, escolhido o melhor do mundo pela Fifa nos últimos quatro anos.

“Ele faz a gente acreditar ainda mais nos nossos sonhos. Era uma criança como qualquer outra e, hoje, é o melhor do mundo”, diz Germán Zamarini, que estuda na mesma escola onde Messi aprendeu a ler e levantou seu primeiro troféu de futebol.

“É um orgulho muito grande saber que o Messi estudou aqui, onde estou hoje. Tenho até duas professoras que também deram aulas para ele. Meus primos e amigos adoram saber disso. Fico muito feliz”, conta, orgulhoso, Germán.

A escola Las Heras é pública e pequena. Tem atualmente cerca de 500 alunos matriculados, dos 5 aos 12 anos. Messi frequentou o local durante oito anos, da primeira à sétima série.

Se não tinha com os cadernos a mesma habilidade que desfila dentro das quatro linhas, compensava com muita dedicação. Tímido, sentava sempre na primeira fila e não fazia parte da “turma da bagunça”.

A maior diversão era mesmo o que mais tarde se tornaria sua profissão. Ao lado do pátio fica o local que Messi, chamado até hoje por todos na escola apenas de Lionel, mais gostava: a quadra.

Primeira conquista

Foi ali que ele levantou seu primeiro de muitos troféus. “Era impressionante o talento que já mostrava. Todos os meninos queriam tê-lo no time, até os mais velhos”, relembra a professora Andréa Sosa, que deu aulas de Matemática e Ciências Naturais para Lionel. 

“Ele não gostava muito de Matemática. Preferia as aulas de Ciências Naturais. Adorava quando os temas eram ligados à Natureza”, relembra Andréa, enquanto mostra várias fotos do estudante franzino que se tornou conhecido em todo o planeta.

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