Especialista em montar defesas, Tite busca manter ataque em alta sem Neymar para assumir liderança

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
11/10/2016 às 08:17.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:11
 (Pedro Martins/ MoWa Press)

(Pedro Martins/ MoWa Press)

Quando Tite assumiu a Seleção no lugar de Dunga, a principal urgência era que ele resolvesse o péssimo rendimento da defesa. Passados três jogos, a zaga não só passou praticamente ilesa, como, de quebra, o ataque se tornou o mais positivo das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018. Mas é sem Neymar, principal nome do setor, que o treinador busca manter o bom aproveitamento ofensivo para tentar assumir a liderança, hoje, às 21h30, contra a Venezuela.

As vitórias sobre Equador (3 a 0), Colômbia (2 a 1) e Bolívia (5 a 0) foram o suficiente não apenas para elevar o Brasil da sexta à segunda colocação, mas também para a Seleção fechar o primeiro turno com 21 gols marcados (dois a mais que o líder Uruguai). Foram 11 tentos em seis partidas com Dunga (média de 1,8), contra dez em três rodadas com Tite (3,3).

A ascensão no último terço do turno, coroada com a maior goleada da competição até o momento, coloca o Brasil em condições de alcançar a liderança já neste primeiro jogo da volta, caso vença a Vinotinto e conte com um tropeço da Celeste diante da Colômbia. Seria a primeira vez da Seleção no topo, posto já ocupado apenas por Uruguai, Equador e Argentina.

Caso confirme o amplo favoritismo diante da Venezuela – o retrospecto nas Eliminatórias é de invencibilidade e aproveitamento de 95% –, o time de Tite alcançaria quatro vitórias seguidas, igualando assim as maiores sequências já registradas nesta edição, por Argentina e Equador.

Neymardependência
Se, na teoria, a situação é confortável, o suspenso camisa 10 certamente fará falta ao time, pois há tempos vem sendo o grande responsável pelos números do ataque brasileiro.

Considerando todos os atletas convocados, a quantidade de gols marcados por Neymar é quase equivalente a todo o restante do elenco. Enquanto o camisa 10 balançou as redes 49 vezes, os demais jogadores, somados, anotaram 59 tentos pela Seleção.

Contra a Bolívia, o craque do Barcelona participou dos quatro gols feitos no primeiro tempo, anotando o primeiro, armando a jogada do segundo e dando as assistências para o terceiro e o quarto.

Contra a Venezuela, Neymar será substituído por Philippe Coutinho na esquerda, com Willian voltando ao time para ocupar o lado direito do ataque. Os dois, contudo, não têm a mesma característica “vertical” do camisa 10.

Assim, cresce a responsabilidade do garoto Gabriel Jesus. O novo “queridinho” da Seleção é o artilheiro do Brasileirão, com 11 gols, e tem até o momento a média de um tento por jogo com a camisa da Seleção – fez dois contra o Equador, passou em branco diante da Colômbia e voltou a marcar sobre a Bolívia.

FICHA TÉCNICA

Venezuela x Brasil

Venezuela: Hernández; Rosales, Ángel, Velázquez e Villanueva; Rincón, Figuera, Peñaranda, Añor e Martínez; Rondón. Técnico: Rafael Dudamel

Brasil: Alisson; Daniel Alvez, Marquinhos, Miranda e Filipe Luís; Fernandinho, Paulinho, Renato Augusto, Willian e Philippe Coutinho; Gabriel Jesus. Técnico: Tite

Horário: 21h30 (de Brasília) Local: Estádio Metropolitano, em Mérida, Venezuela

Arbitragem: Victor Carrillo, auxiliado por Jonny Bossio e Raúl López Cruz (Peru)

Transmissão: Globo e Sportv

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