Especialista na arte do mata-mata, Mano busca título inédito da Série A do Brasileirão

Thiago Prata
Publicado em 25/04/2019 às 19:48.Atualizado em 05/09/2021 às 18:24.
 (Editoria de arte)
(Editoria de arte)

Uma das lições mais emblemáticas de “A Arte da Guerra”, do chinês Sun Tzu, diz que é “de suma importância estudá-la (a guerra) com muito cuidado em todos os seus detalhes”. Essa máxima serviu de inspiração a Mano Menezes no futebol, como ele próprio já admitiu. Admirador deste livro e de outras obras como “Portões de Fogo”, sobre a preparação de guerreiros espartanos, o técnico transformou-se num especialista em batalhas decisivas. Mas nem sempre isso significou sair vencedor em “guerras” de longos períodos.

Levar o modesto, mas bravo, 15 de Novembro (RS) à semifinal da Copa do Brasil de 2004, eliminado pelo Santo André, era o prólogo de uma saga na qual o treinador virou protagonista: a coleção de vitórias em torneios mata-matas. 

Porém, o tricampeão da Copa do Brasil – ganhou pelo Corinthians em 2009 e pelo Cruzeiro em 2017 e 2018 – ainda não sentiu o gostinho de levantar o troféu da mais importante competição por pontos corridos do país, o Brasileirão. A partir deste sábado (27), contra o Flamengo, no Maracanã, ele retomará esse objetivo, novamente defendendo a Raposa, que ganhou o Brasileirão pela última vez em 2014.

O máximo que Mano conseguiu foi chegar ao terceiro lugar nas edições de 2006 e 2010, por, respectivamente, Grêmio e Corinthians, times em que conquistou alguns feitos em sua carreira, incluindo momentos emocionantes na Segunda Divisão Nacional.

No tricolor, por exemplo, chegou ao topo da Série B do Brasileiro de 2005, levando a melhor em uma das maiores “guerras” de toda sua vida: a famosa Batalha dos Aflitos. Na ocasião, sua equipe superou o Náutico por 1 a 0, com gol de Anderson, na “decisão” do quadrangular final, mesmo com quatro jogadores expulsos e após ver o adversário desperdiçar dois pênaltis.

Já em 2008 atendeu ao chamado do Timão para recolocá-lo na elite do futebol nacional, graças ao título da segunda edição da Série B na era dos pontos corridos.

Guerreiro celeste

Pelo Cruzeiro, Mano apagou dois incêndios, afastando o fantasma do rebaixamento que rondou a Toca II em 2015 e 2016. No ano seguinte, a Raposa priorizou a disputa da Copa do Brasil, tendo sido campeã, e terminou o Brasileirão com um honroso quinto lugar. Em 2018, uma oitava posição na competição por pontos corridos e novo troféu de campeão no torneio mata-mata.

Será que em 2019 ele vai abocanhar um título inédito? Provavelmente, “A Arte da Guerra” estará na cabeceira de sua cama antes de cada rodada.

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