Esporte é terapia para advogada ‘concurseira’

Gláucio Castro – Hoje em Dia
07/11/2015 às 07:43.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:22
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

A rotina da advogada Érika Patrícia Marini Costa, 39 anos, é puxada. Normalmente, são dez horas de estudo por dia, em média. Mas já foram até 14 horas.

Desde que trocou, em 2011, o cargo de assessora judiciária pelo sonho de passar em um concurso público, ela praticamente não faz outra coisa. Passa a maior parte do tempo debruçada sobre livros e apostilas.

“Eu não parava de estudar para nada. Tudo eu achava que ia me fazer perder tempo”, relembra.

O primeiro contato com o esporte veio por acaso. Como alguns concursos exigem provas físicas, Érika resolveu também começar a se preparar para este tipo de teste. “Era uma obrigação, hoje virou uma paixão”, compara.

Mas até tomar gosto pelo esporte, Érika sofreu. As dores musculares eram o de menos. Mais forte era a dor na consciência. “Eu comecei a ir para a academia, mas ficava no maior conflito. Para mim, o tempo que eu estava me exercitando era tempo que eu estava perdendo de estudos”, diz.

Não demorou muito, a advogada mudou de opinião. “Fiquei surpresa com a resposta. Achei que ia perder tempo, e não é nada disso. Hoje vejo o quanto o esporte me auxilia, não só nas provas físicas. O exercício me ajuda no lado psicológico, me deixa mais concentrada e focada. Aumenta o meu rendimento.”

Para dar conta de tudo, ela acorda cedo. Às seis horas já está de pé. Prepara o café recomendado por uma nutricionista esportiva e segue para a academia. Faz musculação, natação, hidroginástica e corrida.

Seis vezes por semana

A dedicação é tanta que ela conseguiu até autorização para treinar em uma pista com piso e medidas oficiais de 400 metros de comprimento: “As provas físicas dos concursos são realizadas no mesmo tipo de pista. Assim eu tenho uma dimensão melhor das distâncias e do que preciso fazer nos testes físicos.”

Érika conta que os benefícios são tantos que ela ampliou a carga. Começou três vezes por semana e hoje tenta fazer seis. “Eu saio da academia e volto para os livros. Às vezes tenho aulas on line e outras vezes aulas presenciais. Quando não faço exercício, percebo que meu desempenho nos estudos é outro. Cai muito”, diz.

Além do condicionamento e dos benefícios para o corpo, a advogada vê os exercícios físicos como terapia. Na academia, Érika convive com pessoas de faixas etárias e profissões diferentes. A conversa entre um exercício e outro ajuda a aliviar a tensão, principalmente nos dias que antecedem as provas. “Nunca mais paro de fazer exercício”, promete.

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