Etíope ganha 1º ouro do atletismo e quebra recorde mundial nos 10 mil metros

Estadão Conteúdo
12/08/2016 às 17:06.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:20
 (AFP PHOTO / Jewel SAMAD)

(AFP PHOTO / Jewel SAMAD)

A primeira medalha de ouro do atletismo nos Jogos Olímpicos do Rio veio acompanhada de recorde mundial. A etíope Almaz Ayana venceu os 10 mil metros com um tempo espetacular: 29min17s45. O triunfo entra para a história nesta sexta-feira, no Engenhão, sobrepondo a marca de 29min31s78, que era da chinesa Junxia Wang e perdurava desde 1993.

A coroa dos 10 mil metros continua na Etiópia, mas trocou de mãos. Ayana superou a compatriota Tirunesh Dibaba, campeã em Londres-2012 e recordista olímpica em Pequim-2008. Mas Dibaba também teve o que comemorar ao conquistar a medalha de bronze. As etíopes colocaram a bandeira do país sobre os ombros e deram a volta olímpica pelo Engenhão. A prata ficou com a queniana Vivian Jepkemoi Cheruiyot.

Ayana assumiu a liderança na metade da prova e saiu em disparada. A vantagem foi tanta que ela teve de desviar das competidoras no fim. A brasileira Tatiele de Carvalho completou a prova em 32 min38s21 e terminou na 31ª posição, a mexicana Marisol Romero foi a última a cruzar a linha de chegada, em 35º lugar, e arrancou aplausos do público.

GEISA AVANÇA

No arremesso de peso, tem brasileira na final. Geisa Arcanjo voltará para a sessão noturna desta sexta-feira, às 22 horas, para a disputa de medalha. Com a marca de 18,27 metros, a atleta da casa fez o seu melhor resultado da temporada e garantiu o sétimo lugar na fase preliminar. A favorita ao título é a neozelandesa Valerie Adams, que arremessou 19,74m em sua primeira e única tentativa.

Seis atletas conseguiram a vaga direta pela marca mínima de 18,40 metros. Geisa se aproximou do número exigido em sua primeira tentativa (18,27 m), fez apenas 17,67 m na segunda chance e queimou a terceira oportunidade. O objetivo da brasileira é alcançar os 19 metros na final do arremesso de peso.

"Estou muito feliz com a final. Foi um grande feito. Meu objetivo era passar entre as 12 e agora vou me concentrar para a final. Vou tentar melhorar minha marca e ficar entre as oito", festejou. Geisa também exaltou o apoio da torcida no Engenhão. "Nunca saí de um estádio em que as pessoas gritassem tanto o meu nome. Isso incentiva para que a gente dê mais orgulho para eles."

800 METROS

Tem brasileiro também nos 800 metros. Na fase preliminar, os três melhores de cada bateria garantem a vaga direta para as semifinais e os outros três mais rápidos se juntam ao grupo. Na primeira, Kleberson Davide acabou em quarto lugar, com 1min46s14,e buscou a classificação por tempo na décima posição.

Ele foi mais rápido que alguns atletas já classificados. O argelino Taoufik Makhloufi, por exemplo, foi o primeiro da quinta bateria e avançou apenas com 1min49s17 no cronômetro. "Eu queria ter passado entre os primeiros nos 600 metros, mas fiquei brigando só lá atrás. Fiquei com pouco tempo para reagir. Não saio decepcionado, saio de cabeça erguida. Dei o meu melhor", avaliou Kleberson.

Já Lutimar Paes começou forte na prova, mas viu o rendimento cair e terminou sua bateria apenas na sétima posição, com 1min48s38. No geral, ficou com o 32º lugar. Ele disputou ao lado do atual campeão olímpico e mundial. "Foi uma série muito puxada, com ritmo forte desde o começo. Tentei acompanhar, mas senti um pouco. Valeu o apoio da torcida, mas não deu", lamentou.

O queniano David Lekuta Rudisha fez o melhor tempo da prova classificatória: 1min45s09. Os destaques Amel Tuka, da Bósnia-Herzegovina, Ayanleh Souleiman, de Djibuti, também se classificaram para a próxima fase sem dificuldade. O polonês Adam Kszczot chamou a atenção e se colocou no páreo ao deixar Ferguson Cheruiyot Rotich, do Quênia, para trás.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por