Ex-ministra venezuelana de Maduro fica com a prata na esgrima do Pan

Estadão Conteúdo
20/07/2015 às 21:30.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:00

A esgrimista venezuelana Alejandra Benitez chegou longe na disputa de sabre dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, mas perdeu na final para a norte-americana Dagmara Wozniak por 15 a 13. "Consegui chegar à final, estava muito concentrada e nem olhava para o placar. Mas não deu. Agora continuaremos a caminhada rumos aos Jogos do Rio", disse.

Aos 35 anos, ela tem uma legião de fãs. Já fez ensaios sensuais, foi ministra do esporte no governo do presidente Nicolás Maduro e se declara uma chavista. "Eu gosto muito do Lula, que é um personagem político admirável, e do Pepe Mujica, que foi presidente do Uruguai", afirma a atleta, que tem convicções políticas fortes.

Ela disputou as três últimas Olimpíadas, em Atenas (2004), Pequim (2008) e Londres (2012). Mas além de treinamentos e foco, ela não abre mão de suas atividades políticas. "Agora sou deputada, fui eleita em 2010. Muitos atletas têm profissão e essa é a minha. O Partido Socialista faz parte da minha vida desde os 21 anos. Sigo trabalhando com eles, para mim é uma motivação trabalhar pelo país. Apesar de ser de esquerda, muita gente da direita me apoia porque sou aberta às críticas", afirmou.

Alejandra Benítez explica que não gosta de falar de política quando está representando seu país como atleta. Mas abre uma exceção e expõe um pouco do que pensa sobre o futuro da Venezuela. "O país tem de ser mais aberto às críticas. A Venezuela não é a política de quem governa, mas a mentalidade venezuelana. Se todo mundo mudar a mentalidade, o país pode mudar e melhorar. Há uma situação real de dificuldade econômica. Sou super chavista, mas represento todos os venezuelanos", conclui.
http://www.estadao.com.br

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