(Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Uma parceria existente há 15 anos mostra a força da dupla Mano Menezes e Sidnei Lobo. Como o treinador está afastado de suas funções laborais para se dedicar a um tratamento médico, cabe ao auxiliar ficar à frente do Cruzeiro nesta reta final do Campeonato Brasileiro.
E o compromisso de Sidnei Lobo neste domingo será especial. Revelado pelo São Paulo no fim dos anos 1980, onde foi campeão da Copa Libertadores em 1992, Sidnei Lobo vai comandar o Cruzeiro diante da equipe que lhe deu a primeira oportunidade no futebol. A partida está marcada para este domingo, às 19h, no Morumbi, estádio que foi casa do atual assistente de Mano Menezes no começo de sua carreira.
“Sou da periferia de São Paulo e ter que morar no alojamento do Morumbi é algo diferente. Sou grato por tudo o que aconteceu lá, por essa transformação na minha vida. Foi uma carreira muito proveitosa. O último clube que atuei foi no Paraná, onde encontrei o Mano, com quem trabalhei nos últimos 15 anos. Mas tudo começou no São Paulo”, comentou.
Neste importante compromisso, Sidnei Lobo, que sonha em ser técnico e a cada ano estrutura sua carreira para em breve chegar a esse objeitovo, terá, além de um “flashback emocional”, liberdade para fazer o Cruzeiro jogar de acordo com suas próprias convicções.
“Nesse momento em que estou dirigindo, já conversei com o Mano, inclusive, tem umas ideias parecidas. Mas, ao chegar no jogo, o jogo apresenta diversas maneiras, diversas formas táticas, técnica, então, a gente tem que saber no momento o que você vai usar. E tenho essa liberdade, que é dada por ele. Se tiver que fazer uma decisão ou outra, jogar de um jeito de outro, eu posso fazer. Isso é que é bacana no trabalho. Mas quando a gente está junto, sempre prevalece é o que o treinador pede ou o que ele monta no momento”, garantiu.
Sobre o trabalho com Mano Menezes, Sidnei Lobo comenta que sempre opina, sugere ideias no trabalho, que em alguns momentos deixa em evidência diferenças de pensamentos. Entretanto, a palavra final é sempre do treinador.
“Claro que cada pessoa pensa de um jeito diferente. A gente tem uma linha de trabalho já de muito tempo e existe um respeito muito grande. E as divergências existem nesse período todo que eu passei com ele, mas prevalece sempre a opinião do treinador. Isso é praxe, isso aconteceu em todo esse período com o Mano. É claro que eu tenho ideias diferentes, mas a gente se fecha para o que é bom no momento, para o que bom para a equipe”, explica.