Ex-presidente do Cruzeiro é barrado na porta do Barro Preto e acusa atual vice de fechar o clube

Lucas Borges e Guilherme Piu
10/09/2019 às 22:01.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:30
 (Reprodução)

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A disputa situação versus oposição no Cruzeiro gerou mais um capítulo de discussão entre as partes. Na noite desta terça-feira conselheiros do grupo denominado "Pró-Cruzeiro Transparente" foram barrados na porta do Parque Esportivo do Barro Preto e não puderam ter acesso às dependências do clube. Dentre esses conselheiros barrados estava o ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares.

De acordo com Giovanni Baroni, a ordem para impedir a entrada de conselheiros de oposição partiu do atual vice-presidente Hermínio Lemos. 

“Não entramos mesmo. Nos reunimos em um bar do lado de fora do clube. Fomos barrados e essa decisão partiu do Hermínio Lemos, o atual vice-presidente. Somos um grupo que trabalha pela transparência no clube e inclusive fomos os responsáveis por todas essas ações na Justiça para tentar mudar a realidade do clube", disse Baroni ao Hoje em Dia.

Terça-feira é o tradicional dia da Confraria San Sebastian, quando conselheiros se reúnem para conversarem a respeito das coisas do Cruzeiro. Porém, com a tentativa de entrada no clube por parte do grupo da oposição, Hermínio, ainda segundo Baroni, teria mandado fechar o bar que atende normalmente os conselheiros. 

Também barrado, Gilvan de Pinho Tavares deu sua versão sobre o ocorrido. Segundo o ex-presidente a ordem foi direcionada contra membros do grupo de conselheiros que se juntaram desde a reportagem do Fantástico, que denunciou alguns desmandos de atuais dirigentes do Cruzeiro. 

"Foi constrangedor (o episódio). Mas também senti um medo muito grande por parte das pessoas que fizeram isso. É de se lamentar muito que a situação tenha chegado a esse ponto", disse, dando detalhes do ocorrido.

"Quando eu e um mais um grupo de mais ou menos 40 conselheiros já estávamos dentro  do clube, recebemos a informação de que o bar onde nos reunimos, que funciona até meia noite, não ia nos servir mais nada, que estava encerrando, recolhendo as mesas e cadeiras, e que nenhum conselheiro desse grupo Transparência, poderia entrar no clube. Muitos conselheiros, que há muito participam da vida do clube foram barrados na porta. Eu recebi a informação, no próprio bar, de que a ordem para nos expulsar e barrar os demais conselheiros partiu do Hermínio Lemos, vice-presidente do Cruzeiro", completou o ex-presidente em entrevista ao Hoje em Dia. 

Dentre os conselheiros que não puderam ficar no clube, além de Gilvan e Baroni, estavam o ex-funcionário do clube Aristóteles Lorêdo e Gustavo Gatti, conhecido por ser oposição a atual gestão. 

Sem resposta

A reportagem tentou por diversas vezez contato com o atual primeiro vice-presidente do Cruzeiro, Hermínio Lemos, mas ele não atendeu aos chamados telefônicos. 

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