Fábio defende três cobranças de pênalti e põe Cruzeiro nas semifinais da Copa do Brasil 2018

Guilherme Guimarães
Hoje em Dia - Belo Horizonte
15/08/2018 às 22:49.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:56
 (Mineirão/Twitter/Reprodução)

(Mineirão/Twitter/Reprodução)

Para quem pensou que seria fácil, que a vitória por 1 a 0 no jogo de ida já havia garantido a classificação do Cruzeiro, enganou-se. Foi na base do sufoco e na força de decisão do goleiro Fábio que a Raposa conquistou de forma heróica sua classificação às semifinais da Copa do Brasil. 

O Santos até foi brioso na noite desta quarta-feira (15) no jogo de volta das quartas de final, venceu a Raposa de virada e conseguiu levar a decisão da vaga às semifinais para os pênaltis. Tudo por que o placar agregado do confronto ficou igual (2 a 2). 

Mas aí brilhou a estrela de um dos maiores goleiros do futebol brasileiro na atualidade. Um Paredão Celeste foi construído no gol defendido pelo camisa 1 do Cruzeiro, que defendeu todas as três cobranças penais do Santos, após o Peixe vencer por 2 a 1 no tempo normal. 

Lucas Silva, Raniel e David marcaram os gols na disputa de pênalti pela Raposa. Pelo lado do Santos, Bruno Henrique, Rodrygo e Jean Mota perderam : 3 a 0 para o time azul nas penalidades. 

O Jogo

O Mineirão recebeu um público excelente e o torcedor aproveitou o feriado para apoiar o Cruzeiro na decisiva partida contra o Santos. O time celeste tinha a vantagem de jogar pelo empate, já que havia vencido a partida de ida, na Vila Belmiro, por 1 a 0. Mas o ritmo imposto pela equipe de Mano Menezes mostrou outra intenção.

O Cruzeiro mostrou dinamismo, um jogo rápido e agudo, com as peças ofensivas sempre em busca do gol. O trio Thiago Neves, Robinho e Arrascaeta dava muito trabalho ao setor defensivo do santista, e a cada investida azul ao ataque, o cruzeirense presente nas arquibancadas do Mineirão se agitava.

A Raposa saiu na frente, para a loucura da China Azul. Ele, sempre decisivo, autor de gols em partidas importantes, Thiago Neves, abriu o marcador. O camisa 30 conduziu rapidamente a bola, cortou para dentro e chutou rasteiro, surpreendendo Vanderlei: 1 a 0.

O jovem Rodrygo, já vendido ao Real Madrid, da Espanha, teve atuação destacada no primeiro tempo. Arisco, habilidoso e com talento diferenciado, o “Menino da Vila” deu trabalho ao sistema defensivo celeste no Mineirão.

Gabriel Barbosa também apareceu com destaque, mais pelo gol que o fez honrar o apelido de “Gabigol”. Foi do camisa 10 o único tento santista na etapa número 1.

No segundo tempo o Cruzeiro seguiu com a forte pegada ofensiva e dominou o adversário, principiante pelo lado esquerdo. Egídio se destacou tanto ofensivamente quanto defensivamente. 

Aos nove minutos, Dedé acertou um tirambaço de cabeça, mas acertou o travessão, assustando o time da Baixada Santista. 

Era uma pressão intensa do Cruzeiro, que amassava o Santos. E se no gramado a Raposa dominava, fora das quatro linhas o torcedor fazia um belíssimo espetáculo. Com cânticos e um show de luzes, os cruzeirenses empurravam os jogadores. 

Enquanto isso, o supersticioso técnico Cuca, que já havia atrasado a divulgação do time antes da partida, era uma pilha de nervos à beira do gramado. Ele xingava, cobrava dos seus atletas, andava de um lado para o outro. 

Mas o cenário mudaria com um gol santista para maior alívio do comandante. Aos 38 minutos, Bruno Henrique cabeceou forte, após cruzamento de Rodrigo e desempatou: 2 a 1. Fim do jejum do atacante revelado na várzea belo-horizontina, no bairro Concórdia, região Leste da capital mineira. Há dois meses o jogador do Peixe não balançava as redes. 

E com a vitória no tempo regulamentar o Santos levou o jogo para os pênaltis. No placar agregado a partida terminou 2 a 2, já que o Cruzeiro havia vencido o jogo de ida por 1 a 0. Mas o time celeste sairia vencedor ao fim das cobranças penais: 3 a 0 e vaga na semi. 

CRUZEIRO 1 X 2 SANTOS

Motivo: volta das quartas de final da Copa do Brasil

Local: Estádio Mineirão, em BH

Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR/FIFA)

Assistentes: Bruno Boschilia (PR/FIFA) e Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA/FIFA)

VAR: Wilton Pereira Sampaio (GO/FIFA)

Cartão amarelo: Edílson (CRU); Gustavo Henrique, Dodô, Gabriel e Bruno Henrique (SAN)

Gols: Thiago Neves, aos 12 minutos, e Gabriel, aos 41 minutos do primeiro tempo. Bruno Henrique, aos 38 minutos do segundo tempo

Cartão vermelho: Vladimir (SAN)

Público: 43.464 (Pagante) / 49.513 (Presente)

Renda: R$ 1.432.225,00

CRUZEIRO – Fábio; Edílson, Dedé, Léo e Egídio; Henrique e Lucas Silva; Robinho (Rafinha), Arrascaeta (David), Thiago Neves; Barcos (Raniel). Técnico: Mano Menezes.

SANTOS – Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Luis Felipe (Gustavo Henrique) e Dodô; Renato (Daniel Guedes), Diego Pituca e Rodrygo; Gabriel, Arthur Gomes (Jean Mota) e Bruno Henrique. Técnico: Cuca.

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