Poucos títulos estaduais foram tão comemorados e importantes na história do Atlético, que completa 113 anos nesta quinta-feira, como o de 1970. Além de quebrar a hegemonia do Cruzeiro, que era pentacampeão, conquistando todas as taças disputadas no Mineirão, que tinha sido inaugurado em 1965, o Galo ganhou moral para, no ano seguinte, vencer o Campeonato Brasileiro.
Quando os rivais se enfrentaram, em 2 de agosto de 1970, atleticanos e cruzeirenses brigavam pelo título do Estadual, disputado no sistema de pontos corridos, em ida e volta.
Os dois clubes fizeram o clássico do turno na 11ª rodada. O Galo somava 18 pontos. A Raposa, 15. Naquela época, eram dois pontos por vitória e um pelo empate.
Quando o ponta-esquerda Rodrigues abriu o placar para o Cruzeiro, a apreensão foi grande na gente atleticana.
Mas o grande nome daquele time alvinegro, que tinha no comando o mestre Telê Santana, fez a diferença.
Dario empatou o clásscio ainda no final do primeiro tempo, logo depois do gol de Rodrigues.
E o centroavante decretou a virada alvinegra aos 39 minutos do segundo tempo, num clássico que teve 106.155 pagantes no Gigante da Pampulha, na arrancada do Galo para a taça.
A FICHA DO JOGO
ATLÉTICO 2
Careca; Humberto Monteiro, Grapete, Vantuir e Cincunegui; Vanderlei Paiva e Oldair; Vaguinho, Lacy, Dario e Tião. Técnico: Telê Santana
CRUZEIRO 1
Raul; Raul Fernandes, Moraes (Darci Menezes), Fontana e Neco; Piazza e Zé Carlos; Natal, Dirceu Lopes, Tostão e Rodrigues (Gilberto). Técnico: Gérson dos Santos
DATA: 2 de agosto de 1970
LOCAL: Mineirão
MOTIVO: Campeonato Mineiro
GOLS: Rodrigues, aos 35, e Dario, aos 41 minutos do primeiro tempo; Dario, aos 39 minutos do segundo tempo
ARBITRAGEM: Jarbas Pedra, auxiliado por Abel Santos e Maurílio José Santiago
PÚBLICO: 106.155
RENDA: NCr$ 456.675,00
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