O centroavante Guará marcou época no futebol mineiro nos anos 1930. E se transformou num dos maiores personagens da história do clássico, onde tem lugar de destaque como maior artilheiro do Atlético no confronto. Foram 23 gols marcados sobre o Palestra Itália (Cruzeiro) em 28 partidas, com a impressionante média de 0,82.
Sua carreira foi “interrompida” no auge, ainda aos 24 anos, de forma trágica, no lance conhecido como cabeçada fatal, num clássico em 4 de junho de 1939, no Estádio Antônio Carlos, em Lourdes, quando ele caiu desacordado após uma disputa de cabeça com o palestrino Caieira.
Guará ficou em coma vários dias, passou meses em tratamento, voltou ao futebol, mas não era mais o mesmo.
Em 23 de abril de 1939, 40 dias antes da “cabeçada fatal”, Guará viveu seu último grande momento no clássico.
Em amistoso disputado no Estádio do Barro Preto, o Atlético goleou o Palestra Itália por 3 a 0 com um hat-trick do atacante que ficou conhecido como Perigo Loiro.
Após a “cabeçada faltal”, Guará disputou apenas mais dois clássicos, mas, sem o mesmo brilho de antes, não balançou a rede palestrina e viu o Atlético ser derrotado pelo rival.
Porém, nada apaga a incrível marca de 23 gols em 28 clássicos alcançada pelo Perigo Loiro.
A FICHA DO JOGO
PALESTRA ITÁLIA 0
Geraldo; Caieira e Canário; Souza, Juca e Caierinha (Berto); Carlos Alberto, Geninho, Nenzito (Rizzo), Jacir (Bibi) e Alcides. Técnico: Mário Grosso.
ATLÉTICO 3
Kafunga; Lulu e Lynthom; Hugo, Lola e Alcindo; Hélio Tárcia, Selado, Guará, Nicola e Rezende. Técnico: Evandro Becker.
DATA: 23 de abril de 1939
MOTIVO: Amistoso
LOCAL: Estádio do Barro Preto
GOLS: Guará, ais 31 minutos do primeiro tempo; Guará, aos 10 e 25 minutos do segundo tempo
ARBITRAGEM: Mundico
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