Em 11 edições do Estadual que tiveram o Mineirão como palco, a partir de 1965, o Atlético tinha conquistado apenas uma, em 1970, praticamente com o mesmo time que no ano seguinte seria campeão brasileiro.
Mas o clube já amargava cinco temporadas sem a taça estadual. O grande time comandado por Telê Santana já tinha sido desfeito, e o Atlético começava a mostrar uma geração genial, de Reinaldo, Toninho Cerezo, Paulo Isidoro, Marcelo, Marinho, João Leite, entre outros.
E os garotos alvinegros devolveram a alegria à Massa. Mais do que isso, interromperam a hegemonia do rival, que tinha vencido nove dos 11 títulos mineiros disputados até então no Mineirão e eram campeões da Copa Libertadores.Centro Atleticano de MemóriaNos 31 jogos disputados no Campeonato Mineiro de 1976, o Atlético venceu 26 e empatou cinco
Toninho Cerezo, Paulo Isidoro, Marcelo e Reinaldo começavam a decretar uma nova era no futebol mineiro.
A hegemonia passaria a ser atleticana, com eles tendo papel de destaque em parte ou em todo o hexacampeonato de 1978 a 1983, maior sequência de taças do Campeonato Mineiro na Era do Profissionalismo, iniciada em 1933.
A FICHA DO JOGO
ATLÉTICO 2
Ortiz; Getúlio, Modesto, Vantuir e Dionísio; Toninho Cerezo, Danival (Heleno) e Paulo Isidoro (Ângelo); Marinho, Reinaldo e Marcelo. Técnico: Barbatana
CRUZEIRO 0
Raul; Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderlei; Piazza (Ozires), Zé Carlos e Valdo; Eduardo, Ronaldo Drummnd (Roberto César) e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira
DATA: 3 de abril de 1977
LOCAL: Mineirão
MOTIVO: Jogo de volta da decisão do Campeonato Mineiro de 1976
GOLS: Reinaldo, aos 33 minutos do primeiro tempo; Marcelo, aos 21 minutos do segundo tempo
ARBITRAGEM: Dulcídio Wanderlei Boschilla (SP), auxiliado por José Felipe e Raimundo Divino
CARTÃO VERMELHO: Darci Menezes (Cruzeiro)
PÚBLICO: 103.725
RENDA: Cr$ 2.680.230