A passagem de Ronaldo – ainda chamado de Ronaldinho – pelo elenco profissional do Cruzeiro foi meteórica, mas marcante. E, desde cedo, ele dava indícios de que se transformaria em um “Fenômeno”, status confirmado nos gramados da Europa. Entre 1993 e 1994, o jovem atacante celeste protagonizou algumas das cenas mais icônicas do Mineirão naquele período, numa aliança envolvendo genialidade em processo de lapidação e um jeito desinibido que contrastava com a timidez fora de campo.
Com apenas 17 anos, se notabilizou em 1993 por ter anotado cinco gols nos 6 a 0 da Raposa em cima do Bahia. Mas um em especial chamou atenção do Brasil – quiçá do mundo – inteiro. O placar apontava 5 a 0, quando o goleiro Rodolfo Rodríguez, do Tricolor Baiano, soltou uma bola, “agradeceu aos céus” por ter feito a defesa, e não esperava que Ronaldo se aproveitasse do vacilo para sacramentar o vareio.
No Mineiro do ano seguinte, cravou seu nome na história do clássico ao marcar os três gols do triunfo cruzeirense sobre o Atlético, por 3 a 1, no Gigante da Pampulha. Mas um lance em especial ficou eternizado: os dribles endiabrados nas disputas com o zagueiro uruguaio Kanapkis, que não viu a cor da bola naquele jogo.
O talento catapultou Ronaldo para a Copa do Mundo de 1994, como um dos suplentes do time do técnico Carlos Alberto Parreira que conquistou o tetra, e propiciou sua venda para PSV, da Holanda. O que veio a seguir é história.
A FICHA DO CRAQUE
NOME: Ronaldo Luís Nazário de Lima
NASCIMENTO: 22 de setembro de 1976
LOCAL: Rio de Janeiro (RJ)
ESTREIA NO CRUZEIRO: 25 de maio de 1993 - Cruzeiro 1 x 0 Caldense – Campeonato Mineiro – Estádio Ronaldo Junqueira (Poços de Caldas)
PERÍODO NO CRUZEIRO: 1993 e 1994
GOLS: 56
JOGOS: 58
TÍTULO: Campeonato Mineiro (1994)
OUTROS CLUBES: PSV Eindhoven, Barcelona (Espanha), Internazionale (Itália), Real Madrid (Espanha), Milan (Itália) e Corinthians
NA SELEÇÃO BRASILEIRA (jogos oficiais)
ESTREIA: 23 de março de 1994 – Brasil 2 x 0 Argentina – Amistoso – Estádio do Arruda (Recife)
GOLS: 62
JOGOS: 98ACERVO CRUZEIRO