O Cruzeiro iniciava a decisão da Supercopa de 1992 contra o Racing, da Argentina, adversário que tinha lhe tirado o título na primeira edição do torneio, em 1988, com um empate por 1 a 1, dentro do Mineirão, na segunda partida da final.
Era o jogo de ida, e a Raposa, campeã da competição em 1991, em cima do também argentino River Plate, buscava o bicampeonato. Apesar da noite chuvosa na capital mineira, foram mais de 78 mil pagantes no Gigante da Pampulha, com o Cruzeiro tendo em suas quatro partidas, como mandante, média superior a 73 mil torcedores.
O início do jogo foi complicado, mas Roberto Gaúcho abriu o placar no final da primeira etapa. No segundo tempo, o que se viu foi um show cruzeirense.
O grande time comandado por Jair Pereira, apelidado de Dream Team, forma como era chamada a grande seleção de basquete dos Estados Unidos na Olimpíada de Barcelona, que contou com as principais estrelas da NBA, fez uma das suas grandes exibições.
No final, a goleada por 4 a 0 sobre o Racing foi pouco, mas encaminhou o título, conquistado uma semana depois no El Cilindro, em Avellaneda, mesmo com a derrota por 1 a 0.
O Cruzeiro era bi da Supercopa com um gostinho de vingança.Arquivo/Hoje em Dia
CRUZEIRO 4 X 0 RACING
DATA: 18 de novembro de 1992
ESTÁDIO: Mineirão
CIDADE: Belo Horizonte
MOTIVO: Partida de ida da decisão da Supercopa de 1992
GOLS: Roberto Gaúcho, aos 37 minutos do primeiro tempo; Roberto Gaúcho, aos 7, Luiz Fernando Flores, aos 17, e Boiadeiro, aos 28 minutos do segundo tempo
ARBITRAGEM: José Joaquim Torres, auxiliado por Armando Perez e John Toro, todos da Colômbia
CARTÃO VERMELHO: Zaccanti e Borelli (Racing)
CARTÕES AMARELOS: Douglas, Betinho, Renato Gaúcho e Roberto Gaúcho (Cruzeiro); Roa, Reinoso, Borelli e Claudio García (Racing)
PÚBLICO: 78.077
RENDA: Cr$ 2.370.065.000,00
CRUZEIRO
Paulo César Borges; Paulo Roberto, Célio Lúcio, Luizinho e Nonato; Douglas, Boiadeiro, Luiz Fernando Flores e Betinho (Cleison); Renato Gaúcho e Roberto Gaúcho
Técnico: Jair Pereira
RACING
Roa; Reinoso, Borelli, Zaccanti e Di Stéfano; Costas, Guendulain, Matosas (Félix Torres) e Rúben Paz; Claudio García e Graciani (Valaros)
Técnico: Humberto Grondona