Faltam 73 dias: Tricampeonato da Copa do Brasil, sobre o São Paulo, em 2000, teve a marca da emoção

Alexandre Simões e Thiago Prata
@oalexsimoes e @ThiagoPrata7
20/10/2020 às 17:59.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:50

Cada uma das seis Copas do Brasil conquistadas pelo Cruzeiro tem um enredo. O tricampeonato, em 2000, sobre o São Paulo, tem como marca a emoção. Isso porque a taça foi conquistada com um gol de falta de Geovanni, aos 44 minutos do segundo tempo.

Após empate sem gols no Morumbi, na primeira partida da final da Copa do Brasil de 2000, o tricolor paulista não deixava de ter uma vantagem no segundo confronto, no Mineirão, em 9 de julho. Isso porque o regulamento ainda previa o gol fora de casa como critério de desempate na decisão do título.

E os são-paulinos ficaram muito próximos da taça quando Marcelinho Paraíba abriu o placar aos 20 minutos do segundo tempo, cobrando uma falta na ponta direita do ataque tricolor, encobrindo o goleiro André.

O técnico Marco Aurélio, que dirigia o Cruzeiro pela última vez, pois Luiz Felipe Scolari já estava contratado e ele veio apenas como uma espécie de “tampão”, e sabia disso, foi para o tudo ou nada.

Sacou o lateral-direito Rodrigo e colocou em campo o atacante Müller. No lugar do lateral-esquerdo Sorín entrou o colombiano Viveros e o meia Jackson deu lugar ao centroavante Fábio Júnior.

A Raposa partiu para a pressão, em busca da virada que lhe garantiria o tricampeonato. Após belo passe de Müller, Fábio Júnior decretou o 1 a 1 aos 34 minutos. Mas este placar ainda garantia o título ao São Paulo.

Na reta final do jogo, um passe errado do volante Axel permitiu a Geovanni apanhar a bola e avançar em direção à área são-paulina, sendo parado por Rogério Pinheiro com falta. O zagueiro foi expulso.Carlos Roberto/Arquivo Hoje em Dia

Jogadores do Cruzeiro fazem a festa pelo tricampeonato da Copa do Brasil, garantido de forma emocionante sobre o São Paulo, com uma vitória de virada, por 2 a 1, no Mineirão

O próprio Geovanni cobrou a falta, com a bola passando entre a barreira do tricolor paulista e vencendo Rogério Ceni. Era o gol do título, mas ainda teve mais emoção para o torcedor cruzeirense, pois o zagueiro Cléber salvou uma bola que ia entrando depois de o goleiro André estar batido.

Na base da raça e da pressão, o Cruzeiro garantia o tricampeonato da Copa do Brasil na mais emocionante decisão da história da competição, que teve sua primeira edição disputada em 1989.

A FICHA DO JOGO

CRUZEIRO 2
André; Rodrigo (Müller), Cléber, Cris e Sorín (Viveros); Donizete Oliveira, Marcos Paulo, Ricardinho e Jackson (Fábio Júnior); Geovanni e Oséas. Técnico: Marco Aurélio

SÃO PAULO 1
Rogério Ceni; Belletti, Edmilson, Rogério Pinheiro e Fábio Aurélio; Alexandre (Axel), Maldonado, Edu (Fabiano) e Raí; Marcelinho Paraíba e França (Carlos Miguel). Técnico: Levir Culpi

DATA: 9 de julho de 2000
ESTÁDIO: Mineirão
CIDADE: Belo Horizonte
MOTIVO: Jogo de volta da decisão da Copa do Brasil
GOLS: Marcelinho Paraíba, aos 20, Fábio Júnior, aos 34, e Geovanni, aos 44 minutos do segundo tempo
ARBITRAGEM: Carlos Eugênio Simon, auxiliado por José Carlos Oliveira e Marcos Ibanez
CARTÃO VERMELHO: Rogério Pinheiro (São Paulo)
CARTÃO AMARELO: Sorín, Cléber, Geovanni e Oséas (Cruzeiro); Raí, Maldonado e Belletti (Cruzeiro)
PÚBLICO: 85.841
RENDA: R$ 817.816,00

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