
O título da Copa Libertadores de 1976, conquistado sobre o River Plate, que seria a base da seleção argentina campeã do mundo dois anos depois, jogando o torneio em casa, deu ao Cruzeiro o direito de representar a América do Sul na disputa do Mundial Interclubes.
E o adversário nessa decisão foi o Bayern de Munique, base da seleção da Alemanha, que venceu a Copa do Mundo de 1974, jogando em casa. Naquela época, o título era disputado numa melhor de três e a decisão seria no Brasil de qualquer maneira.
Em 23 de novembro, o Bayern de Munique, com muita neve no campo, fez 2 a 0 no Cruzeiro, no Estádio Olímpico. Com isso, veio ao Gigante da Pampulha, em 21 de dezembro de 1976, precisando de um empate para ser campeão mundial.
Eram craques como Nelinho, Zé Carlos, Jairzinho, Palhinha, Dirceu Lopes e Joãozinho, de um lado; Beckenbauer, Hoeness, Gerd Müller e Rummenigge, do outro, e por isso, quem roubou a cena naquele 0 a 0 foram os goleiros Raul e Maier, com defesas espetaculares.

Apesar do 0 a 0, que deu o título ao Bayern de Munique, a final do Mundial Interclubes de 1976 foi um dos grandes jogos da história do Mineirão
Foi o maior público pagantes do Cruzeiro no Mineirão, numa noite em que vários portões do estádio foram arrombados.
A FICHA DO JOGO
CRUZEIRO 0
Raul; Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderlei; Piazza (Eduardo) e Zé Carlos; Jairzinho, Palhinha, Dirceu Lopes (Forlan) e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira
BAYERN DE MUNIQUE 0
Maier; Andersson, Schwarzenbeck, Beckenbauer e Horsmann; Kapelmann e Torstensson; Weiss, Hoeness, Gerd Müller e Rummenigge (Arbinger). Técnico: Dettmar Cramer
DATA: 21 de dezembro de 1976
ESTÁDIO: Mineirão
CIDADE: Belo Horizonte
MOTIVO: Decisão do Mundial Interclubes
ARBITRAGEM: Patrick Partridge (Inglaterra), auxiliado por Luberto Michelotti (Itália) e Roberto Watz (França)
PÚBLICO: 113.715 pagantes
RENDA: Cr$ 6.318.855,00