Federação de Ginástica dos EUA cria fundo para vítimas de abuso de ex-médico

Estadão Conteúdo
08/02/2018 às 14:24.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:13
 (RENA LAVERTY / AFP)

(RENA LAVERTY / AFP)

A Federação de Ginástica dos Estados Unidos (USA Gymnastics), em parceria com o Fundação Nacional de Ginástica (National Gymnastics Foundation), anunciou a criação de um fundo para ajudar as vítimas de abuso do ex-médico Larry Nassar, condenado três vezes à prisão e que abusou de pelo menos 156 jovens ginastas, incluindo a campeã olímpica Simone Biles.

Por meio de um comunicado, a nova presidente e CEO da USA Gymnastics, Kerry Perry, diz que o fundo fornecerá apoio financeiro para que meninas e jovens mulheres tenham todo o suporte psicológico necessário após anos de abuso sexual. "Embora nunca possamos entender completamente como os abusadores afetam a vida das vítimas sobreviventes, queremos oferecer apoio financeiro para garantir que nossos ginastas tenham acesso aos serviços de aconselhamento e saúde mental de que precisam", disse Kerry Perry.

"Agradecemos à Fundação Nacional de Ginástica trabalhando conosco neste esforço. As poderosas vozes das jovens mulheres que compartilharam suas experiências com abuso sexual me deixaram uma marca indelével e afetarão minhas decisões como presidente e CEO todos os dias", acrescentou.

Um comitê de cinco pessoas da Fundação Nacional de Ginástica será responsável por supervisionar o fundo, que ainda será administrado por uma terceira parte independente.

Ex-médico da Federação de Ginástica dos Estados Unidos, Larry Nassar foi condenado na última segunda-feira à prisão pela terceira vez. Após o julgamento realizado na semana passada, na cidade de Charlotte, em Michigan, o criminoso ouviu da juíza Janice Cunningham a nova sentença: de 40 a 125 anos de prisão. Anteriormente, o ex-médico já havia sido sentenciado a um período de 40 a 175 anos de prisão por sete outros casos ocorridos também em Michigan e a mais 60 anos por posse de pornografia infantil.

Na semana passada, Nassar foi confrontado por dezenas de mulheres que relataram os abusos cometidos por ele. No total, foram mais de 260 testemunhos contra o ex-médico, que admitiu ter "penetrado com as mãos" o corpo de três jovens que foram procurá-lo para relatar lesões na academia de ginástica Twistar, localizada na cidade de Dimondale.
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