Felipe Conceição e Renato Gaúcho usam discurso diferente de Lisca sobre o futebol durante a pandemia

Henrique André e Thiago Prata
@jornalhojeemdia
04/03/2021 às 13:35.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:19
 (Daniel Hott/América)

(Daniel Hott/América)

Antes de a bola rolar para Athletic x América, em duelo válido pela segunda rodada do Campeonato Mineiro e vencido pelo Coelho por 1 a 0 nesta quarta-feira (3), o técnico Lisca fez pedido especial às autoridades do futebol brasileiro: para o comandante do Alviverde, não é possível pensar na realização de competições nacionais enquanto os casos de infecção pela Covid-19 estiverem em alta no país.

"Nosso país parou, gente! Não tem lugar nos hospitais. Eu estou perdendo amigos treinadores. Não é hora mais! É hora de segurar a vida. “Então, faço um apelo à CBF para dar um tempo nessa Copa do Brasil, para que a gente adie um pouco esses jogos. Tenho certeza que meus colegas também estão preocupados. Sou pai de família, tenho duas filhas, tenho uma esposa e eu quero viver, gente. Tem gente que pega e morre, tem gente que pega e não acontece nada”", destacou o técnico do América.

Contudo, a declaração foi rebatida por outros treinadores. Um deles, Felipe Conceição, do Cruzeiro.

"Pelo lado do ser humano Felipe, essa questão da pandemia incomoda. Incomoda toda sociedade, o mundo todo. A gente está vivendo um momento atípico. Por outro lado, o Felipe treinador não tem a responsabilidade de definir se a competição vai continuar, se as autoridades estão corretas ou não, porque elas têm capacidade, números, análises, seja na área de saúde, seja nossos governantes, para tomar as decisões devidas. O que me cabe, sou funcionário do Cruzeiro, se tiver jogo sábado eu vou e vou procurar melhorar o time, que é isso que eu tenho que fazer. Essa é minha função. E vou continuar trabalhando e me esforçando ao máximo para que a equipe cresça. Questões políticas e governamentais não me cabem”, comentou o comandante da Raposa.

Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, também se manifestou: "Adoro o Lisca e cada um tem sua opinião. O futebol é o local mais seguro, não que seja 100%. Mas a gente está fazendo, entre aspas, um favor ao povo. No momento que a gente joga a gente ajuda o torcedor a ficar em casa. Não pode parar tudo no país”, disse.

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