(FABRICE COFFRINI)
A confirmação do envolvimento de João Havelange e Ricardo Teixeira em um escândalo de corrupção continua repercutindo nos bastidores da Fifa. Nesta terça (17), a entidade máxima do futebol mundial anunciou a nomeação de dois novos membros para o seu Comitê de Ética.
O advogado norte-americano Michael J. Garcia será o novo chefe de investigações, enquanto o juiz alemão Joachim Eckert comandará os julgamentos de casos de corrupção. Além disso, a Fifa confirmou a separação oficial do Comitê do restante da entidade e a aprovação de um novo Código de Ética.
A primeira tarefa de Garcia, inclusive, será investigar o próprio escândalo que deu origem à sua nomeação: as propinas pagas pela empresa de marketing ISL a Teixeira, ex-presidente da CBF, e Havelange, presidente de honra da Fifa. Segundo a Justiça suíça, os pagamentos ilegais chegam a R$ 40 milhões. Além disso, Garcia deve investigar as supostas irregularidades na escolha da Russia para a Copa do Mundo de 2018 e do Qatar para a Copa de 2022.
Dossiê revela R$ 40 milhões de subornos a Teixeira e Havelange
Vale lembrar que o atual presidente da Fifa, o suíço Josepp Blatter, revelou que, quando ainda era diretor da entidade, sabia dos subornos a Teixeira e Havelange. Além disso, ele tem sido criticado por diversos políticos europeus e dirigentes por supostamente ser conivente com casos de corrupção.