Fifa pune dirigente palestino por 'incitar ódio e violência' contra argentinos

Estadão Conteúdo
Publicado em 24/08/2018 às 12:29.Atualizado em 10/11/2021 às 02:05.
 (Juan Mabromata / AFP)
(Juan Mabromata / AFP)

A Fifa anunciou nesta sexta-feira (24) suspensão de um ano para o presidente da Associação de Futebol da Palestina, Jibril Rajoub, por "incitar ódio e violência" contra argentinos. Citando material publicado pela imprensa, o Comitê Disciplinar alega que Rajoub teria estimulado atitudes hostis contra torcedores do país sul-americano como reação ao amistoso marcado (e não disputado) com a seleção de Israel, às vésperas da Copa do Mundo da Rússia.

O dirigente ficará impedido de participar de qualquer partida ou evento de futebol pelos próximos doze meses, a partir desta sexta. Ao mesmo tempo, terá que pagar multa de 20 mil francos suíços (cerca de R$ 82,5 mil).

Rajoub foi punido por ter incitado fãs palestinos a queimarem camisas e pôsteres de Lionel Messi assim que a seleção da Argentina confirmou amistoso com a equipe de Israel, em Jerusalém, no dia 9 de junho, às vésperas da Copa do Mundo. Seria o último jogo de preparação dos argentinos para o Mundial.

O amistoso, porém, acabou sendo cancelado após polêmica que deixou a área esportiva para avançar sobre a política. "Rajoub convocou os fãs de futebol para tornar a Associação de Futebol Argentino como um alvo e queimar camisetas e imagens de Lionel Messi", disse o Comitê Disciplinar da Fifa, em comunicado.

O amistoso gerou polêmicas tanto com o lado palestino quanto com o israelense. A marcação do jogo gerou insatisfação por parte da Palestina, que considerou a partida como possível foco de atuação política por parte das autoridades de Israel, uma vez que seria disputado em Jerusalém. Além disso, os palestinos reclamaram que o estádio onde seria realizado o amistoso é de um dos clubes mais racistas do país. O Beitar Jerusalém não aceita jogadores árabes.

A pressão palestina cresceu às vésperas do amistoso e os argentinos acabaram cancelando a partida, o que acabou acarretando reclamações por parte dos israelenses. O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou a pedir ao presidente da Argentina, Mauricio Macri, para que interviesse na decisão, mas não teve êxito.

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