Fifa retira punição ao Cruzeiro, que no período sem poder inscrever atletas teve crise agravada

Alexandre Simões
@oalexsimoes
27/10/2020 às 15:23.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:53
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

No período que passou sem poder registrar jogadores, por causa de punição imposta pela Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa), derrubada nesta terça-feira (27) pela entidade, o Cruzeiro teve três treinadores, viu o projeto Série B fracassar, pois a briga neste momento é para sair da zona de rebaixamento da competição, viveu a reeleição de Sérgio Santos Rodrigues e acumulou muitos capítulos na maior crise da sua história.

Em 2 de setembro, horas antes de o time, ainda comandado por Enderson Moreira, entrar em campo no Estádio Bento Freitas, em Pelotas, para encarar o Brasil-RS, pela 7ª rodada da Série B, foi revelada, pela Rádio Itatiaia, a punição da Fifa, pois o Zorya, da Ucrânia, acusava o Cruzeiro de não ter cumprido o acordo para o pagamento referente à dívida pela compra do atacante Willian, em 2014.Bruno Haddad/Cruzeiro

Para aceitar a proposta do Cruzeiro, Luiz Felipe Scolari pediu que clube resolvesse questão na Fifa, pois estava impedido de registrar jogadores

O clube se defendeu provando ter feito o pagamento do valor, mas uma briga dentro do clube ucraniano fez com que o valor fosse recebido por um dirigente que o Zorya não reconhece como seu representante, embora o email que ele usasse fosse o registrado na Fifa.

A Raposa tinha entrado em campo seis vezes pela Segundona, com três vitórias, um empate e duas derrotas, um aproveitamento de 55,5%. Mas só somava quatro pontos na classificação, pois teve de pagar seis por outra punião da Fifa, referente ao não pagamento do empréstimo do volante Denilson, no segundo semestre de 2016.

O time de Enderson Moreira, que cinco dias depois, em 7 de setembro, seria demitido após empate por 1 a 1 com o CRB, no Mineirão, com Ney Franco assumindo em seu lugar, era 14º colocado e já tinha sete pontos de distância para o G-4, que era aberto pelo Paraná, com 11.

Durante o período sem poder inscrever atletas, foram 12 os jogos disputados pelo Cruzeiro. E 13 pontos conquistados,  aproveitamento de 36%.

Tivesse conseguido a Raposa manter os 55,5% de aproveitamento das seis primeiras rodadas, seriam sete pontos a mais na classificação, com a equipe somando 24 e ocupando a nona posição, a quatro pontos do Juventude, que abre o G-4 com 28.

Ainda com a punição valendo, Ney Franco foi demitido e chegou Luiz Felipe Scolari, que teve como uma das suas exigências a possibilidade de contratações, o que dependia da liberação da Fifa.

O clube, com a ajuda de um patrocinador, fez o pagamento de cerca de R$ 11 milhões à Fifa, há quase duas semanas. E nesta terça-feira volta a ter a condição de inscrever atletas. Resta saber se ainda dá tempo de o Cruzeiro chegar à briga pelo acesso à Série A.

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