Filho do copiloto morto no acidente aéreo de terça-feira na Colômbia, Bruno Fernando Goytia Gómez revelou que a companhia aérea LaMia tinha conhecimento de que o avião que levava a delegação da Chapecoense tinha combustível apenas no limite para chegar até Medellín. "Eles tinham pouco combustível e a torre de controle os fez andar em círculos, círculos. Quando a pista (do aeroporto de Rionegro) foi liberada, eles já haviam se acidentado", disse Gómez, em entrevista ao jornal boliviano El Deber, de Santa Cruz de La Sierra, cidade boliviana de onde partiu o voo.
De acordo com Bruno, filho de Ovar Goytia, morto no acidente, a LaMia tinha conhecimento deste procedimento. Aos 18 anos, o jovem está no último ano da escola de pilotagem e fazia estágio na companhia em que o pai trabalhava. Esteve em diversos voos da LaMia, inclusive no que levou a Chapecoense à Barranquilla, para o jogo das quartas de final contra o Junior. Ainda segundo o relato de Bruno, o atraso na chegada do voo da companhia boliviana BoA em Santa Cruz de La Sierra, que trazia a Chapecoense desde São Paulo, impediu que o plano inicial, de parar em Cobija (BOL) para reabastecer, pudesse ser cumprido. "Teria sido uma tragédia do mesmo jeito, porque a pista de Cobija não tem iluminação e já seria noite."
Uma das teses investigadas é a de que o avião viajava com o combustível exato para cumprir o trajeto de Santa Cruz de La Sierra e Rionegro em linha reta. O pedido de prioridade de uma aeronave da Viva Colombia fez o avião da LaMia precisar voar em círculos até a pista ser liberada. O fim do combustível, por esta tese, teria causado o acidente.
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