(Vinnicius Silva/Divulgação/Cruzeiro)
Destaque do Botafogo em 2017, antes de se transferir para o Cruzeiro, Bruno Silva foi vaiado a cada toque na bola durante o empate em 1 a 1 entre as equipes nesta quarta-feira (5). A pressão até pode ter funcionado, já que o volante não teve uma boa atuação. Os holofotes da noite, porém, estavam reservados para outro "ex".
Jogador do Alvinegro carioca entre 2013 e 2014, Edilson foi titular apenas pela terceira vez nos últimos dez jogos da Raposa. Sem muito ritmo e advertido com cartão amarelo no primeiro tempo, o lateral-direito acabou substituído ainda no intervalo. Os primeiros 45 minutos, porém, foram suficientes.
O camisa 22, assim como toda a equipe celeste, fazia uma apresentação abaixo da média até os 36 minutos, quando Raniel sofreu falta na intermediária. Foi aí que ele chamou a responsabilidade e acertou um chute violento, com efeito, para fazer valer a "Lei do Ex" e marcar o primeiro gol com a camisa do clube mineiro.
Contratado pelo Cruzeiro no início desta temporada, Edilson não balançava as redes desde outubro do ano passado, ainda pelo Grêmio. O lateral chegou a ter papel importante na conquista do Campeonato Mineiro, por exemplo, mas conviveu com lesões em Belo Horizonte e em muitos momentos não conseguiu corresponder às expectativas da torcida por atuações decisivas.
"Estava sem confiança, porque não tinha feito gol nesta temporada ainda. Passei muito tempo machucado e não conseguia nem chutar, mas agora estou voltando a ter essa confiança", afirmou o jogador em entrevista ao canal SporTV, na saída para o vestiário.
Simulação
Pouco depois do gol, Edilson protagonizou mais um dos "melhores momentos" da partida, mas desta vez a participação foi negativa. O lateral discutiu com o botafoguense Luiz Fernando e caiu no gramado, fingindo ter recebido uma cabeçada do adversário.
Na saída para o intervalo, o cruzeirense admitiu o erro e se desculpou. "Queria pedir perdão, porque eu sempre cobro para não ficar simulando, e eu acabei simulando no lance ali", declarou. O desentendimento rendeu cartão amarelo para o lateral, e este foi o argumento utilizado pelo técnico Mano Menezes para substituí-lo no intervalo.
"Ele não tocou em mim, eu acabei simulando, e isso não é legal para o futebol. Às vezes a gente confunde o árbitro, e eu poderia ter expulsado um jogador deles, ter tirado vantagem de um momento errado. Por isso pedi desculpas, acho que nunca é tarde para pedir desculpas e sou sincero nas coisas que eu faço, sejam certas ou erradas", acrescentou Edilson após a partida.