Final da Libertadores: a história de Atlético e Cruzeiro dentro do superclássico Boca x River

Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
08/11/2018 às 19:48.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:41

A maior rivalidade do futebol sul-americano se encontra na ocasião mais importante de 2018. Neste sábado, a final da Copa Libertadores reúne Boca Juniors e River Plate, às 18h. O primeiro duelo será onde nasceu a rivalidade, no bairro La Boca, subúrbio de Buenos Aires. Mas o jogo mais importante interclubes da história do futebol também tem tempero mineiro.

Para começar, foi o River Plate que inaugurou o Mineirão, há 53 anos, duelando com a Seleção Mineira. Aquele time seria finalista da Libertadores um ano depois, em 1966. Com Atlético e Cruzeiro, a dupla portenha já se cruzou num total de 36 vezes, sendo dez contra o Galo e outras 26 com a Raposa.

O clube celeste sabe bem o que é ter Boca e River numa final de Libertadores. Foi diante dos millonarios que a primeira taça veio para o Barro Preto, em 1976. No ano seguinte, o Cruzeiro perdeu nos pênaltis para o Boca (seria o primeiro dos seis títulos xeneizes) graça a defesa de pênalti de Hugo Gatti. O folclórico goleiro teria sucesso também no rival e estava naquele 5 de setembro de 1965 no Gigante da Pampulha.

Gatti ainda voltaria ao Mineirão para encarar atleticanos e cruzeirenses num torneio comemorativo aos 20 anos do estádio, em 1985. No banco de reservas do Boca Juniors naquela ocasião, como treinador, uma lenda do futebol: Alfredo Di Stefano. O Cruzeiro venceu a competição com gols decisivos do centroavante Mirandinha.

Os duelos entre os rivais mineiros e os adversários argentinos foram construídos por torneios efêmeros da Conmebol, como a Supercopa , Copa Ouro, Copa Master e Mercosul.

GAMBETAS
O primeiro título internacional de Minas Gerais foi do Cruzeiro diante do River Plate na Libertadores de 1976. A equipe celeste fez do time do Monumetnal de Núñez um freguês, pois conquistou a Supercopa de 1991 e a Recopa Sul-Americana de 1997 em cima dele. Contra o Boca Juniors, duas vitórias na Libertadores de 1994, com direito a golaço de Ronaldo Fenômeno no Mineirão. 

O Atlético, em número inferior ao Cruzeiro contra os rivais imortais, se orgulha de ter varrido o Boca da Mercosul 2000, com empate na Bombonera, quando o atual diretor Marques e o treinador boquense Schelotto estavam em campo. 



PATADAS
O Cruzeiro disse adeus à Libertadores nas suas duas últimas participações diante da dupla argentina. Eliminado no Mineirão pelo River Plate, em 2015, e pelo Boca Juniors, na atual edição, sempre nas quartas. Sem falar na decisão da Libertadores de 1977, que impediu o bicampeonato celeste. Os fracassos do Atlético não ficam atrás. A começar pela própria Libertadores de 1978. 

Sem Reinaldo, operado do joelho, o Galo pegou Boca e River num triangular semifinal. Venceu só uma vez, contra o time do River que era comandado por um ídolo: Ángel Labruna, o jogador mais importante do clube. Valendo título, o Atlético só teve um compromisso na história: perdeu para o Boca a final da Copa Ouro de 1993.

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