Final Federer X Nadal promete fazer Melbourne tremer

Rodrigo Gini
rgini@hojeemdia.com.br
28/01/2017 às 13:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:36

“Simplesmente incrível Nadal e Federer em mais uma final de Grand Slam!!! Dois gigantes, gênios”. Difícil discordar, quando o autor da frase não fica atrás dos personagens citados. Foi assim que Gustavo Kuerten, o Guga, resumiu a final do Aberto da Austrália, amanhã, às 6h30 (de Brasília), na Arena Rod Laver do Melbourne Park. Se o confronto entre o espanhol e o suíço era sonhado pelos amantes do esporte, parecia pouco provável diante da trajetória recente de dois dos melhores tenistas da história, e da força de rivais como Novak Djokovic e Andy Murray.

O suíço de 35 anos, recordista de conquistas de Slams (17 ao todo), não sabe o que é levantar o troféu de campeão de um dos torneios mais importantes do circuito desde Wimbedon-2012. 

Mais do que isso, foi obrigado a abrir mão do sonho de mais um ouro olímpico no Rio e comprometer o segundo semestre do ano passado para se recuperar de uma contusão no joelho. “Não quero correr o risco de voltar e ter de encerrar a carreira em seis meses. Pretendo jogar ainda por dois ou três anos”, disse, à época. E chegou a Melbourne apenas como 17º do mundo, diante de uma chave complicada.

Situação não muito diferente da enfrentada pelo rival. O tenista de Maiorca também vinha sofrendo com as contusões e não conseguia reeditar seu melhor tênis – o jejum de Slams vem desde Roland Garros-2014. Sem se preocupar com as cobranças e em paz consigo mesmo, no espaço de um ano ele passou do jogador eliminado na primeira rodada para um finalista do torneio que venceu em 2009.Peter Parks/AFP / N/A

Espanhol não acreditava que chegaria à final

BATALHA
E se restava dúvida sobre a condição de Nadal, ela acabou desfeita na semifinal diante do búlgaro Grigor Dimitrov. Foram quase cinco horas de uma batalha decidida em detalhes, e em que a paciência do espanhol acabou fazendo a diferença para garantir a vitória por 3 a 2 (6-3, 5-7, 7-6 (7/5), 6-7 (4/7) e 6-4). “É um privilégio para mim fazer essa final com Roger, acredito que será especial também para o público. Sinceramente cheguei a pensar que não faria mais uma decisão aqui, estou muito feliz, e sou um cara de sorte”, resumiu. 

Devido ao melhor retrospecto do espanhol no saibro, o retrospecto no confronto o mostra em vantagem: 23 vitórias em 34 jogos, incluindo a final do torneio australiano em 2009. No último encontro, no entanto – com título em jogo –, o suíço levou a melhor, para levantar o troféu de campeão no ATP de Basel-2015. Nenhuma dúvida de que será mais uma página inesquecível da história do esporte escrita do outro lado do mundo.

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