Flamengo vira no Maracanã sobre o Fluminense e conquista 34º título carioca

Estadão Conteúdo
07/05/2017 às 19:45.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:27

De virada, e com um gol aos 50 minutos do segundo tempo, quando o Fluminense não tinha mais nem goleiro em campo, o Flamengo superou o Fluminense por 2 a 1 neste domingo (7) no Maracanã e conquistou seu 34º título carioca. Guerrero e Rodinei marcaram os gols que garantiram a conquista rubro-negra, enquanto Henrique Dourado fez o gol do time tricolor.

Desde o início deste século, em apenas duas ocasiões o time que havia perdido o jogo de ida havia conseguido reverter a vantagem. O Fluminense, que havia sido derrotado no jogo de ida, tinha a esperança de melhorar a estatística. Não conseguiu, muito por deixar de aproveitar as próprias chances que criou, especialmente no segundo tempo.

Certo é que a finalíssima do Carioca foi bonita. Com o Maracanã lotado, torcidas entusiasmadas e os dois times propondo jogo, o Fla-Flu foi pródigo em produzir chances de gol. Logo na primeira delas, o placar foi aberto. Aos três minutos, Leo deu leve desvio após cobrança de escanteio pela esquerda e Henrique Dourado cabeceou para colocar o Fluminense na frente.

O gol logo no início acabou fazendo justiça à final como um todo. Isso porque no jogo de ida, que fora pior tecnicamente, o Flamengo só saiu vitorioso após uma falha homérica de Renato Chaves. Assim, o 1 a 0 do Fluminense logo no início neste domingo deixou as finais novamente equilibradas.

Os números do primeiro tempo atestaram isso. Mesmo que o Flamengo tenha tido mais posse de bola, cada uma das equipes teve oito finalizações. Para chegar a elas, o time rubro-negro explorou uma de suas características, a penetração em velocidade, fosse pelos flancos, onde Everton era o mais acionado, fosse pelo meio, onde Guerrero tentava fazer o pivô. Já o Fluminense preferiu as jogadas de bola aérea, sempre perigosas, sobretudo quando visavam Henrique Dourado.

No segundo tempo, o Fluminense voltou melhor. O time passou os primeiros 20 minutos ocupando o campo de ataque, sufocando o Flamengo. Em pelo menos duas oportunidades, uma em chute de fora da área e outra em bola aérea, Muralha precisou salvar.

Vendo que seu time não conseguia reagir, o técnico Zé Ricardo resolveu lançar mão de uma tática que funcionara no meio de semana, pela Copa Libertadores: a inclusão de mais laterais de ofício em campo.

A entrada de Rodinei na vaga de Trauco deu ao Flamengo a opção de jogadas em profundidade, algo que não havia acontecido na primeira metade do segundo tempo. Aos poucos, o Flamengo foi ganhando campo. Até que, aos 39, Rever cabeceou após cobrança de escanteio, Diego Cavalieri bateu roupa e Guerrero, de pé esquerdo, empatou para o rubro-negro.

A festa do Flamengo, que aquela altura já alcançava o resultado que precisava para ser campeão, aumentaria logo depois. Cavalieri foi expulso nos acréscimos, ao sair da área para matar contra-ataque de Rodinei. Como o Fluminense já havia feito todas as substituições, o volante Orejuela acabou indo para a meta. E, aos 50, Rodinei teve novo contra-ataque e, com o volante fora do gol, chutou cruzado para decretar a virada e marcar o gol que selou o 34º título estaual do Flamengo.

FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 2 X 1 FLUMINENSE

FLAMENGO - Alex Muralha; Pará, Rever, Rafael Vaz e Renê; Márcio Araújo, Willian Arão, Trauco (Rodinei) e Berrío (Gabriel); Everton (Juan) e Paolo Guerrero. Técnico: Zé Ricardo.

FLUMINENSE - Diego Cavalieri, Lucas, Henrique, Renato Chaves e Léo; Orejuela, Wendel (Marcos Júnior) e Sornoza; Wellington Silva (Maranhão), Richarlison (Pedro) e Henrique Dourado. Técnico: Abel Braga.

GOLS - Henrique Dourado, aos 3 minutos do primeiro tempo; Paolo Guerrero, aos 39, e Rodinei, aos 50 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wagner do Nascimento Magalhães.

CARTÃO AMARELO - Wellington Silva, Henrique Dourado, Lucas e Léo (Fluminense); Pará e Márcio Araújo (Flamengo).

CARTÃO VERMELHO - Diego Cavalieri (Fluminense).

RENDA - R$ 3.242.130.

PÚBLICO - 58.399 pagantes (68.165 total).

LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio. 

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