FMF diz que só dirigentes da Caldense estiveram no Ronaldão; Diretor da Veterana dá outra versão

Guilherme Piu
@hojeemdia
30/07/2020 às 19:43.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:09
 (Divulgação/Caldense)

(Divulgação/Caldense)

Divulgação/Caldense 

Depois que o presidente do Cruzeiro acusou supostos dirigentes da Caldense de cometerem atos hostis contra ele no estádio Ronaldo Junqueira, na noite da última quarta-feira, após a Raposa vencer a Veterana por 1 a 0, a Federação Mineira de Futebol (FMF) e um dirigente do time de Poços de Caldas apontaram versões diferentes sobre quem eram os presentes nos bastidores do Ronaldão.

A reportagem do Hoje em Dia ouviu do diretor de futebol da Caldense, Sérgio Pereira Melo, o "Serginho Maracanã", que conselheiros do time do Sul de Minas estavam dentro do estádio. E que o próprio Maracanã era o único diretor do clube nas dependências do Ronaldo Junqueira. 

"Olha, eu estou sabendo disso agora em primeira mão por você (reclamação do presidente do Cruzeiro). Não tinha outro dirigente do clube no estádio ontem, só eu. Nem o presidente foi lá. (...) Pode ter sido conselheiro, outras pessoas que não sei quem são. Talvez advogados, essas pessoas de uma classe mais alta. Eu adorei o garoto Serginho, do Cruzeiro, fomos apresentados um ao outro no centro do gramado pelo Eduardo (Pezzo, investidor que auxilia a Caldense)", disse Serginho Maracanã ao HD.

A Federação Mineira de Futebol deu outra versão e garantiu que somente dirigentes do clube tiveram acesso ao estádio na noite da última quarta-feira. "O acesso foi controlado e apenas dirigentes dos clubes puderam entrar nos estádios, em todos os jogos do campeonato. Nenhuma reclamação formal chegou à Diretoria de Competições da FMF", disse a entidade que comanda o futebol em Minas Gerais. 

Serginho Maracanã ainda explicou a divisão dos acessos dentro do estádio e quem esteve em cada local. "Na zona 1 só pessoas que fazem parte do plantel. Fomos 30 nesse local, contando jogadores. E tem quem fica na zona 2, foi o que o delegado da partida, Olavo,  me disse ontem (quarta). Todos estavam com crachás do jogo, da Federação. Duvido que tenha acontecio isso (atos hostis). Eu, Sérgio Pereira Melo, fui apresentado para o presidente do Cruzeiro no centro do gramado", comentou. 

O que diz o protocolo da FMF

No documento chamado "Protocolo de operação dos jogos" criado pela FMF há determinação sobre a presença de dirigentes e conselheiros do clube em dependências dos estádios em dias de partidas do Campeonato Mineiro. 

"Membros de Diretoria, Conselho Deliberativo, Departamento de Análise de Desempenho, Imprensa, Comunicação, Marketing, Jurídico, seguranças e demais setores dos clubes que não fizerem parte da delegação, não terão, em nenhuma hipótese, acesso ao campo de jogo, bem como às áreas sensíveis (ZONA 01). Por esse motivo, esses profissionais sequer podem ter acesso aos ônibus das delegações, devendo acessar o estádio somente no portão designado para a ZONA 02", aponta o documento. 

Versão do Cruzeiro

Sérgio Santos Rodrigues revelou ter sido vítima de atos hostis no momento em que transitava dentro do estádio e se dirigia do local onde viu o jogo para o vestiário. 

"Eu, ao final da partida, me encaminhei para ir ao vestiário. Assisti ao jogo de um local isolado onde eu deveria estar, e então, oito, nove dirigentes, aproximadamente, ou pessoas que a diretoria permitiu que estivessem ali, ficaram me hostilizando. Eu até estava sozinho e oito pessoas gritando contra uma. A polícia até ficou do meu lado, mas sem necessidade, porque graças a Deus o meu espírito e de paz", comentou na Live do Presidente desta quinta-feira (30).

O presidente do Cruzeiro não soube dizer se as pessoas que proferiram algumas palavras nada elogiosas a ele faziam parte da diretoria da Caldense. O detentor do mais alto posto dentro da estrutura executiva da Raposa preferiu acreditar que estavam ali apenas dirigentes do clube mandante, tendo em vista o que é permitido pelo protocolo de segurança sanitária da Federação Mineira de Futebol para a retomada dos jogos, mesmo em período de pandemia do coronavírus.

"Não posso afirmar que era a diretoria da Caldense, porque eu não conheço seus membros, não fizeram questão de nos receber ou se apresentar como seria comum em qualquer campeonato. Quero crer que sejam membros de diretoria, pois o protocolo só permite a presença de membros da diretoria, ao invés de fazer isso me hostilizaram pessoalmente", falou também durante sua transmissão ao vivo.

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