Se há um símbolo da campanha vitoriosa que deu o hexacampeonato da Superliga ao Sada Cruzeiro é o líbero Serginho. A exemplo do ponteiro Filipe, ele é remanescente da formação original da equipe e resume bem o que é a motivação do grupo celeste quando questionado se a rotina de conquistar títulos não enjoa. "Que nada, o que cansa é não ganhar. Eles deram muito trabalho, dificultaram o nosso passe, tivemos que nos desdobrar", disse, enquanto tirava as proteções dos antebraços e mostrava as marcas das pancadas que teve que defender".

E se houve alguém que se superou mais uma vez foi o oposto Evandro que, mais do que nunca fez jus à função de oposto – o atacante de segurança que costuma resolver nos momentos mais complicados. Na rede e no saque ele causou estrago do outro lado da quadra e, ao lado de Leal, terminou a decisão como maior pontuador (24 cada um). Nada mau para o campeão olímpico que, aos 37 anos, segue mostrando impulsão e explosão de iniciante. "Voleibol é minha vida, jogar para mim é um grande prazer. O trabalho físico, o aspecto psicológico, o treinamento, tudo isso é muito importante sempre".

E quando se trata dos treinadores, a concentração parece ser mesmo a palavra de ordem. Afinal, antes mesmo de ir ao pódio para festejar com os comandados mais uma façanha de uma equipe impressionante, Marcelo Méndez já projetava, sem grande demora, o início do trabalho de reformulação exigido pelas saídas do cubano Leal (que vai para a Itália) e do levantador argentino Uriarte, de malas prontas para o Taubaté. "Amanhã começamos a pensar nisso. Tivemos que tirar toda nossa experiência, nosso jogo, diante de um adversário tão forte, com campeões olímpicos, não foi fácil", resumiu.

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