Fora da elite pela primeira vez, goleiro Glaysson é patrimônio do Campeonato Mineiro

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
13/03/2017 às 15:55.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:43

Nenhum jogador em atividade tem mais história no Campeonato Mineiro do que Glaysson, goleiro do Guarani, de Divinópolis. Aos 38 anos e longe de querer pendurar as luvas e as chuteiras, o arqueiro, nascido em Belo Horizonte, se tornou patrimônio dos clubes do interior. 

Revelado nas categorias de base do Cruzeiro, Glaysson disputa o Estadual pela 17ª vez consecutiva pelos chamados “menores”. Em 2000, ainda como reserva, ele iniciou a série histórica com a camisa do Ipatinga.

Atualmente no Módulo II da competição, o goleiro ficou de fora da divisão principal pela primeira vez na carreira. Nos anos anteriores, devido ao calendário, ele conseguia disputar a elite no primeiro semestre e, no seguinte, atuar nas divisões de acesso por outras equipes.

“Hoje, já bem experiente, resumo minha carreira como muito vitoriosa. Infelizmente não tive oportunidades em times grandes, mas neste tempo que jogo no interior, apesar da dificuldade de se manter empregado, consegui ter sucesso”, comenta Glaysson.

Campeão do Módulo II pelo Bugre em 2002, o camisa 1 se sente em casa em Divinópolis. Querido na cidade e cumprimentado pelos torcedores sempre que é visto pelas ruas, o marido da Fernanda e pai da Ana Luísa, de cinco anos, espera recolocar o clube na elite do Campeonato Mineiro.

Apesar do carinho pelo alvirrubro, Glaysson não esconde que a maior emoção da carreira foi vivida com a camisa do Tupi. Em 2015, ele participou da campanha que levou o time de Juiz de Fora à Série B do Campeonato Brasileiro.

 Fama de gordinho
Mas não há como falar de Glaysson sem tocar no assunto forma física. Apesar de ter sido destaque por onde passou, pelas defesas seguras, o goleiro ganhou fama de gordinho. 

Bastante bem humorado quando questionado sobre este rótulo, “Glayssão” garante que, apesar dos quase 99 quilos, não está acima do peso ideal.“De gordinho eu não tenho nada! (risos) Tenho um biotipo muito forte. Meu percentual de gordura chega no máximo a 13%. Tenho coxa grossa e quadril largo, então parece que estou gordinho”, se defende. 

Pensando em atuar mais dois ou três anos, o goleiro do Guarani faz os últimos pés-de-meia no esporte que mudou sua vida. 

“No interior a gente não fica rico. Tem que ter a cabeça boa e guardar ao máximo. Graças a Deus eu puder ajudar a minha família, tenho meu apartamento, minha casa, meus carros e um negócio em casa – uma empresa de aluguel de mesas para eventos–, que meus pais e minha esposa tomam conta”, diz. Confira uma galeria de fotos da carreira e vida pessoal do goleiro Glaysson

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