
Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari foram dois dos treinadores mais badalados do futebol brasileiro nos anos 1990 e na primeira década deste século. Ambos fizeram história nas suas primeiras passagens pela Toca da Raposa. E uma frase, que é espécie de marca do primeiro, resume o momento do segundo no comando celeste, pois o time de Felipão é prova definitiva de que “o medo de perder tira a vontade de ganhar”.
Parece frase feita, com um pouco de cafonice motivacional, mas é a melhor definição do Cruzeiro de Scolari.

E o medo de perder, ou a falta de vontade de ganhar, teve mais um capítulo nesta sexta-feira (18), na Ressacada, em Florianópolis, no empate por 1 a 1 com o Avaí, pela 30ª rodada da Série B.
A vitória era cruzeirense até os 48 minutos do segundo tempo, quando Valdívia decretou o 1 a 1 que praticamente tira da Raposa qualquer chance de acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.
O mais impressionante é que fica complicado até dizer qual seria o resultado mais justo para o confronto, marcado pelo baixo nível técnico.
Após abrir o placar no final do primeiro tempo, com Filipe Machado, o Cruzeiro teve no segundo tempo a chance de ampliar, pela fragilidade do Avaí. Mas não conseguiu.
O que conseguiu foi mais um empate nesta Série B. E pela situação da equipe na tabela de classificação, empatar foi perder.
E o pior é que nem pode se dizer que empatou por falta de vontade, Ela até esteve presente. A carência é mesmo de organização tática, de qualidade.
E assim caminha o Cruzeiro, para comemorar seu centenário, no próximo dia 2 de janeiro, vivendo uma reta final de Série B marcada por amistosos.