Frequentador do Mineirão desde 1966, americano fica feliz com modernização

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
20/05/2014 às 19:55.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:40
 (Frederico Ribeiro)

(Frederico Ribeiro)

A casa do América é o Independência, mas o Mineirão faz parte não só da história do clube, como de sua torcida também. Na década de 1960, quando o Coelho ainda gozava de grande prestígio nacional, o professor de história Oswaldo de Souza começou a frequentar o recém-inaugurado Estádio Governador Magalhães Pinto. E, nesta noite de terça-feira (20), diante do Joinville, o americano de 65 anos matou a saudade de sua "segunda casa".   Para Oswaldo, que visita o Novo Mineirão pela primeira vez, a modernidade pode até ter tirado o charme do velho Gigante da Pampulha, mas a organização é algo que o brasileiro precisa respeitar e, mais do que isso, apreciar.   "Eu frequentei o Independência como bom americano, mas estive nos anos dourados do Mineirão como um ótimo torcedor de futebol que sou. Acho que o brasileiro não está acostumado com organização, mas essa reforma no Mineirão pode nos ajudar a entender o que é civilidade", afirmou Oswaldo.   Professor da rede municipal de ensino e aposentado na rede estadual, Oswaldo conta para os seus alunos, frequentemente, porque resolveu virar americano. E hoje, com a disputa da ponta da Série B em jogo, diante do Joinville, a história é contada com orgulho extra.   "Eu venho ao Mineirão desde 1966, vi todos os jogos importantes que aqui aconteceram. Sou de Curvelo e torço para o América porque o time venceu o Maria Malia por 8 a 3 e eu fui carregado pelos jogadores do Coelho. Me apaixonei na hora".   Filho atleticano prestigia o América   O filho de Oswaldo, Rodrigo de Souza, dono de um famoso bar de rock de BH, é atleticano, mas esteve ao lado do pai para prestigiar o América na noite desta quarta-feira.   "Eu sou atleticano e como o Kalil resolveu jogar no Independência, não posso vir muito ao Mineirão, que foi meu berço como torcedor. Lembro que vivi boas histórias neste lugar, como na semifinal de 1994 (Atlético x Corinthians), quando me perdi dele (pai) e vi o jogo todo no Juizado de Menores do Mineirão", conta, aos risos, o empresário.   Tropeiro é atração   "Vai ficar feio para a foto, mas isso aqui me incentivou a vir hoje". Oswaldo não queria tirar a fotografia com o prato do famoso tropeiro a mostra, mas explicou que voltar a experimentar um dos mais tradicionais comidas de estádio do Brasil também foi fator determinante para ir ao Mineirão.

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