Fundador da MRV explica empréstimos ao Atlético e diz não temer prejuízos: 'projeto bacana'

Henrique André e Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
21/06/2020 às 14:52.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:50
 (Divulgação)

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O Atlético vive um momento de dificuldade financeira não só pelas movimentações econômicas do clube no passado, mas, também, pela pandemia do coronavírus que assola o mundo de uma forma geral. Mas como o Galo consegue ir ao mercado e contratar jogadores caros? A resposta pode ser dada em três letras: MRV.

O dono da construtora, o atleticano e empresário Rubens Menin, afirma que empresta ao clube o dinheiro para que contratações possam ser feitas. E o modelo dessa transação, segundo o próprio "mecenas", não vai onerar o cofre alvinegro com juros ou correções monetárias. 

"Eu faço o empréstimo para o Atlético contratar determinado jogador. O Atlético quer jogador para fazer um bom time. Jogadores estão sendo bem escolhidos. Lá na frente, o Atlético vende e me paga de volta. Sem juros, sem correção, sem nada”, disse ao canal fechado Fox Sports. 
Sobre a negociação o empresário não teme prejuízos por causa do acordo sem juros e acredita no projeto do Atlético. 

“Se não vender, eu vou fazer o quê? Vou para o prejuízo, mas acho que vai vender (jogadores). Vai conseguir pagar as contas dele direitinho. Eu acho que vai ter muita premiação para ajudar o Atlético, com muito público quando acabar a pandemia. Acho que o projeto que o Atlético fez é vencedor. É um modelo bacana”, comentou. 

Alvo do clube, o atacante Roger Guedes é um negócio praticamente impossível para o futebol brasileiro. Nem o Flamengo, o novo rico do futebol brasileiro, teria banca para contratar o jogador. Quem garante isso é o próprio Menin. 

“Roger Guedes está ganhando muito dinheiro na China. E o futebol brasileiro não aguenta pagar. Eu acho que não. A não ser que ele chegue aqui e fale: 'Olha, eu vou dar um salário baixinho para o Atlético'. Roger Guedes teve uma passagem pelo Atlético muito bacana. Mas nem o Flamengo hoje paga o salário que o Roger Guedes ganha na China. São milhões de euros por ano.

Ele tem contrato assinado, teria que abrir mão do contrato para fazer um muito mais baixo aqui. Porque não cabe o Roger Guedes, como muitos outros que saíram, no futebol brasileiro. O jogador não vai abrir mão porque ama o Atlético. É muito difícil por causa disso. Eu gosto muito do Róger Guedes. É um cara que teve uma passagem muito bacana pelo Atlético. Eu acho muito bom jogador, muito versátil. Mas tem essas dificuldades”, explicou. 

Guedes pertence ao Shandong Luneng e tem contrato com os chineses até 2022. O Atlético tentou empréstimo, mas o clube asiático não vai emprestar o atacante. É que existe uma cláusula contratual que, se houve empréstimo para clubes brasileiros, o Shandong terá que ressarcir o Alviverde em mais de 3 milhões de euros. 

Contratações

Além de Rubens Menin outros empresários atleticanos estão injetando dinheiro no clube, que nos últimos dias anunciou contratações de peso como o atacante Keno, o zagueiro Bueno, os volantes Léo Sena e Alan Franco, e também o jovem Marrony, contratado junto ao Vasco da Gama. 

O zagueiro Junior Alonso também pode ser anunciado como reforço alvinegro, mais uma vez com investimento externo. 

  

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