(Bruno Cantini)
O domingo (12) pode ser de marcas especiais para o torcedor atleticano. Caso supere o Cruzeiro, no Mineirão, e fature a 100ª edição do Campeonato Mineiro, o Galo, além de ampliar seu domínio nas alterosas, chegando ao 43ª título, se tornará o primeiro tricampeão do Estado no século, a maior hegemonia do período. Até o momento, o clube alvinegro faturou os títulos de 2007, 2010, 2012 e 2013, os dois últimos que poderão permitir o feito. No final do Século XX, o clube alvinegro faturou os títulos de 1999 e 2000 e poderia iniciar o novo milênio com o grito de tricampeão. Porém, o Coelho estragou a festa e levou o título do certame em 2001. Quem também esteve perto de conquistar o feito foi o time estrelado. Em 2003 e 2004, a Raposa levou o caneco para o Barro Preto, porém deixou o tri escapar diante do Ipatinga, em 2005. Em 2008 e 2009, novamente o time estrelado levou a melhor na decisão, após vencer Atlético em ambas as oportunidades. Vale lembrar que, em 2002, América, Atlético, Cruzeiro e Mamoré não participaram do Estadual, que ficou com a Caldense, uma vez que disputavam a Copa Sul-Minas. Após o término do torneio regional, os quatros se juntaram à Veterana para a realização do Supercampeonato Mineiro, que teve como dono da taça a equipe celeste. A Federação Mineira de Futebol, porém, considera o time de Poços de Caldas como o campeão daquele ano. Vencer é preciso! Nas 19 vezes que Atlético e Cruzeiro decidiram o Campeonato Mineiro até hoje, em poucas oportunidades um dos clubes conseguiu reverter a vantagem do adversário no confronto decisivo, levantando, assim, o caneco. O Galo, que tem a obrigação da vitória no confronto de domingo, já conseguiu mudar os rumos do confronto uma vez: foi em 1962, na última decisão antes da “Era Mineirão”. Na época, o Cruzeiro levou a melhor no primeiro duelo da final, vencendo pelo placar mínimo, com gol de Dirceu Pantera. No segundo jogo da decisão, o Galo impediu a festa celeste ao vencer por 2 a 1, com gols de Dinar e Nilson. Nuno fez o gol do time do Barro Preto. Com uma vitória para cada lado, uma terceira partida foi necessária. Rossi abriu o placar para a Raposa. Dinar, porém, empatou o jogo, e levou a decisão para a prorrogação. No tempo suplementar, brilhou a estrela de Toninho, que deu o título ao Galo.