Godín veste a camisa 3 do Atlético e explica queda de rendimento no futebol italiano

Gustavo Andrade
@gfandrade
21/01/2022 às 16:39.
Atualizado em 26/01/2022 às 00:12
 (Pedro Souza / Atlético)

(Pedro Souza / Atlético)

Pedro Souza / Atlético

Diego Godín disse ter pedido autorização a Junior Alonso para utilizar a camisa 3 do Atlético

Contratado pelo Atlético para substituir Junior Alonso, Diego Godín usará o mesmo número de seu antecessor. O zagueiro uruguaio recebeu a camisa 3 em sua apresentação oficial, nesta sexta-feira (21), e indicou os motivos que o levaram a retornar ao futebol sul-americano depois de 15 anos na Europa. 

“Quando soube que poderia sair do Cagliari na janela de janeiro, surgiram propostas. Mas quando o Rodrigo (diretor de futebol d Atlético, Rodrigo Caetano) mostrou interesse em me trazer para esse projeto e para essa equipe campeã, eu transmiti minha ideia, o que sinto do futebol. Tivemos um acordo rápido. O Atlético tem crescido em estrutura, os títulos não são por casualidade. Há um grande trabalho e planejamento de gestão, que faz com que o clube consiga resultados. É importante que haja um bom vestiário e que todos apontem para o mesmo lado. Creio que isso é fundamental”, afirmou.

Godín defendeu o Cagliari nas duas últimas temporadas europeias, depois de um ano na Inter de Milão. Entretanto, após uma desavença com os diretores do clube italiano, decidiu deixar a Itália. Em sua última equipe, o uruguaio teve dificuldades de repetir as grandes atuações que alcançou quando esteve na Espanha, especialmente no Atlético de Madrid.

O novo reforço do Galo explicou o que gerou a queda de rendimento recente. “Na Inter, terminamos jogando, sendo segundos no Campeonato Italiano, sendo vice-campeões da Liga Europa. Por razões técnicas do treinador Antonio Conte, fui para o Cagliari. No Cagliari, não conseguimos manter a regularidade, houve troca de treinadores. O rendimento de todos no plantel foi abaixo do esperado. Em 15 anos na Europa, é claro que o rendimento não será o mesmo que quando tinha 20 anos”, avaliou. 

“Hoje, me sinto bem. Nesta equipe campeã, com grandes jogadores e profissionais, vou retomar o bom futebol, como vinha acontecendo na seleção uruguaia. Na seleção, meu rendimento era diferente do que mostrava no meu clube. Tentarei trabalhar ao máximo para dar o melhor de mim e ajudar a equipe em tudo o que puder”, acrescentou.

Referências do futebol brasileiro e do Atlético

Enquanto negociava com o Atlético, Godín buscou informações sobre o futebol brasileiro com ex-companheiros. Algumas das referências sobre o Galo foram transmitidas pelo ex-zagueiro uruguaio Diego Lugano, que atuou no São Paulo e ainda mora no Brasil. 

“Com Diego, somos muito amigos. Jogamos juntos por mais de dez anos na seleção. O Diego, aqui no Brasil, é uma lenda, ainda que seja em outro clube. Marcou uma época, conhece bem o país, vive aqui... Quando surgiu a oportunidade, falei com ele, para perguntar como é a vida aqui, o que me aconselhava, como via o futebol. Conversamos sobre coisas que poderiam me ajudar com a sua experiência. Ele me deu a melhor referência do Atlético, do futebol brasileiro e da exigência que tem o futebol daqui. Ele foi um dos que me empurrou a tomar essa decisão”, destacou.

O atacante João Pedro, que atua no Cagliari e foi revelado pelo Atlético, também foi consultado por Godín. “Quando me chamou o Rodrigo, escrevi ao João. Ele disse ‘vá à minha equipe’. Estava contente, me felicitou e falou bem do clube. Sempre conversamos do Atlético, porque ele é torcedor do clube e se criou aqui”.

Expectativa por títulos

Ao longo de sua entrevista, o zagueiro uruguaio citou, por diversas vezes, a alegria em participar do elenco campeão do Brasileirão e da Copa do Brasil. Godín disse ainda que espera que a equipe faça um jogo a mais do que na última temporada: a final da Copa Libertadores.

Porém, ao comentar sobre o sonho de ser campeão continental com o Galo, o novo reforço manifestou que as competições nacionais devem ter foco principal. “Me encantaria ganhar a Libertadores. É o título mais desejado do continente. Mas, para mim, sempre na minha carreira, o mais importante é o campeonato local”, disse. 

“Temos de estar muito bem no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. Isso é o que te mantém vivo e dá energia para competir na Libertadores. No ano passado foi assim. O Atlético esteve muito bem no Brasileirão e chegou na semifinal da Libertadores. Um detalhe pode te tirar da final. É o desejo de toda a Massa (vencer a Libertadores), mas estou convencido de que o dia a dia de Brasileirão e Copa do Brasil é onde temos de prestar mais atenção, como foi no ano passado”, complementou.

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