(Lucas Prates)
O clássico dos goleiros. Assim pode ser resumido o triunfo do Cruzeiro sobre o Atlético, por 1 a 0, neste domingo (27), em pleno estádio Independência, num jogo bastante disputado sob o sol escaldante do horário das 11h.
A vitória foi decidida na experiência de Fábio, responsável por ao menos quatro defesas muito difíceis na meta celeste, e na insegurança do jovem Uilson, escalado para substituir o ídolo alvinegro Victor e seu reserva imediato Giovanni, ambos lesionados.
“Deus me capacitou, me deu mais essa oportunidade de jogar esse grande clássico, e pude fazer grandes defesas. Resultado de dedicação nos trabalhos, nos treinamentos. O time lutou, veio para jogar, ganhamos na bola e fizemos uma bela partida”, declarou o herói cruzeirense.
O jovem de 21 anos, por sua vez, lamentou a falha que resultou no gol do rival. Ele garantiu, no entanto, que não sentiu o peso da estreia no clássico.
"Não me senti pressionado em momento nenhum. Foi uma infelicidade, eu estava tranquilo. Fui infeliz e tomei o gol. Fiz meu trabalho legal, infelizmente houve esse lance. Espero trabalhar firme e, se surgir a oportundiade, trabalhar novamente", afirmou o atleticano, que teve o nome gritado pelos torcedores cruzeirenses na saída do estádio.
Equilíbrio
O Galo teve mais presença no ataque durante a maior parte do tempo. E o domínio se transformou em algumas boas chances. Já no primeiro tempo, o iluminado camisa 1 precisou se esticar todo para evitar o gol atleticano em bela cobrança de falta de Marcos Rocha.
Uilson, por sua vez, foi pouco acionado na etapa inicial. No lance mais importante do ataque estrelado, Allano recebeu dentro da área em velocidade, e goleiro atleticano saiu bem, pelo chão, fechando o ângulo. Élber ainda tentou um chute da entrada da área, mas o tiro saiu fraco e não exigiu muito trabalho.Lucas Prates / N/A
RESPONSABILIDADE - Apesar do gol sofrido, Uilson quer trabalhar para ter nova oportunidade
Momentos decisivos
Na segunda etapa, o capitão cruzeirense voltou a brilhar em cabeçada de Robinho, a queima-roupa, garantindo a manutenção do 0 a 0 no placar no momento de maior pressão da equipe mandante.
O jogo mudou na única boa chance da Raposa até então na etapa final. Na primeira vez em que foi realmente exigido, em chute de Élber da intermediária, o terceiro goleiro do Galo rebateu para o meio da área, facilitando a vida do artilheiro Rafael Silva.
O Atlético voltou a pressionar, sem tanta eficiência e organização como antes, mas poderia até ter buscado o 1 a 1, não fosse por Fábio. O ídolo celeste ainda saiu nos pés de Luan para evitar o empate e, já nos minutos finais, fez mais uma linda defesa em chute colocado de Robinho.