Gols andam em falta no Cruzeiro. Mas um de Arrascaeta vira candidato ao Prêmio Puskas

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
03/09/2018 às 20:37.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:16
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

Dois dias, e uma palavra de apenas três letras se transformou na bola da vez quando o assunto é o Cruzeiro: gol. Se a equipe celeste está nas quartas de final da Libertadores; nas semifinais da Copa do Brasil e ocupa uma razoável sétima posição no Brasileiro, balançar as redes adversárias nos últimos tempos tem sido fato raro. Na competição nacional, apenas Paraná e Ceará, hoje na zona do rebaixamento, marcaram menos vezes – os 18 gols celestes são menos da metade que os conseguidos pelo melhor ataque da competição, o do Atlético (37).

O pior de tudo é que, além de a bola teimar em não entrar apesar de algumas chances claras – basta lembrar o chute que o argentino Barcos mandou para fora com o gol escancarado diante do Flamengo, pela Libertadores –, nas raras vezes em que vem acontecendo acaba invalidado como domingo, diante do Internacional. O árbitro Wilton Pereira Sampaio (e pelo visto apenas ele) enxergou irregularidade no gol marcado por Raniel no começo da segunda etapa, em que a cobrança de falta da esquerda foi escorada por Bruno Silva para que o atacante completasse.

Em sua coletiva de imprensa após a partida, o técnico Mano Menezes preferiu não encarar as questões separadamente, argumentando que o time fez sua parte – para ele, não há como falar em falta de gols sem considerar as situações em que a arbitragem invalidou o lance, ou deixou de marcar alguma penalidade, por exemplo. Os números, no entanto, mostram uma realidade preocupante: nos últimos seis jogos, considerando as três competições atuais, foram seis gols em sete partidas, com derrotas em casa para Santos (Copa do Brasil) e Flamengo (Libertadores), o que deixou por um fio a classificação às fases seguintes. Ainda que não seja o único com vocação ofensiva, Barcos, que chegou para suprir as ausências dos contundidos Fred e Sassá, não deixa o seu desde 22 de julho (2 x 1 no Atlético PR).

Prêmio
Pois quando justamente a seca de gols se tornou assunto, um deles, em especial, se tornou atração mundial ontem. O marcado pelo uruguaio De Arrascaeta na vitória por 1 a 0 sobre o América, no Mineirão, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro, está entre os 10 finalistas do Prêmio Puskás, votação organizada pela Fifa e aberta a internautas de todo o mundo. O camisa 10 recebe cruzamento da direita de Edílson e acerta um sem pulo de raro talento.

O lance tem concorrentes de peso, como a bicicleta de Cristiano Ronaldo diante da Juventus, pela Liga dos Campeões, a jogada semelhante de Gareth Bale na final da competição, entre Real Madrid e Liverpool ou o chute seco da direita do lateral francês Pavard na vitória da França sobre a Argentina, na Copa da Rússia. Também estão na briga Lionel Messi, o português Ricardo Quaresma; Mohammed Salah, o russo Cheryshev; o grego Lazaros Christodopoulos e o australiano Riley McGree. A votação está aberta até o dia 24 no https://www.fifa.com/the-best-fifa-football-awards/puskas-award/

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